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Na próxima quinta-feira (4), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) promove o leilão do 5G. A nova geração de internet móvel, segundo especialistas ouvidos pelo portal Brasil61.com, vai potencializar a chamada Internet das Coisas (IoT, do inglês Internet of Things). Mas, afinal, o que é essa Internet das Coisas?
De acordo com o Ministério das Comunicações, a IoT se caracteriza como a possibilidade de conexão e interação entre um ou mais objetos por meio da internet. Gustavo Brito, executivo da IHM, destaca que muitas pessoas costumam associar o termo “Internet das Coisas” a realidades de um futuro distante, mas não percebem que já fazem o uso desse conceito.
“Quando a gente fala de IoT, muita gente pensa em alguma coisa extremamente emergente ou em tecnologias extremamente avançadas, mas não. A gente já convive com Internet das Coisas há muito tempo”, diz.
Smartphones, smart TVs, tablets e computadores são exemplos de dispositivos que já estão presentes no dia a dia de boa parte dos brasileiros e que têm a capacidade de se conectarem e, até mesmo, interagirem entre si. No entanto, a Internet das Coisas é bem mais ampla e pode ser aplicada a quase todos os objetos e áreas da vida cotidiana, destaca o especialista em IoT Antonio Bordeaux,. “A Internet das Coisas se aplica em coisas pequenas, até mesmo consideradas antigas, e em coisas que ainda estão em desenvolvimento, como os veículos autônomos”, explica.
Nas casas, por exemplo, a IoT se materializa em uma geladeira que consegue se conectar à internet e informar ao morador, independentemente de onde ele estiver, quais itens estão em falta. Com a Internet das Coisas é possível controlar as luzes, o ar-condicionado, as portas e as janelas, por exemplo, apenas por comando de voz. O conceito também está presente em cafeteiras e torradeiras elétricas, que deixam o café da manhã pronto no horário em que a pessoa quiser.
Leilão do 5G será no dia 4 de novembro
Rua de Londrina (PR) é a primeira com tecnologia de ponta no país
Especialistas dizem que a chegada do 5G e, por consequência, o avanço da Internet das Coisas vão trazer automação para os lares e mais satisfação aos usuários. Mas será ainda mais impactante para o desenvolvimento das cidades inteligentes, da indústria e do agronegócio brasileiro.
O deputado federal Vitor Lippi (PSDB/SP), que foi relator do Grupo de Trabalho para elaboração do edital do leilão do 5G, destaca que a tecnologia tem uma velocidade maior e tempo de latência (ou atraso) menor que o 4G. Segundo ele, muitas empresas conseguiram automatizar seus processos com o 4G, mas há avanços que dependem da nova geração de internet móvel.
“O que a gente espera são essas novas funcionalidades naqueles equipamentos que precisam de altíssima velocidade e baixíssima latência. Então, isso vai ser essencial para a mineração, já temos caminhões autônomos aí nas minas, para a agricultura, onde nós temos já tratores autônomos. Teremos muitos robôs dentro das indústrias, os veículos autônomos estão próximos de acontecerem também. Tudo isso precisa do 5G, necessariamente”, diz.
O especialista Gustavo Brito acredita no impacto positivo do 5G no setor produtivo. “As operações industriais e de logística mais o agronegócio tendem a melhorar bastante os seus níveis de flexibilidade, confiabilidade e eficiência operacional”, .
A Internet das Coisas aplicada ao contexto urbano pode melhorar sensivelmente o dia a dia das cidades e ajudar a resolver ou minimizar problemas, como aqueles relacionados à mobilidade. Imagine um semáforo capaz de gerenciar o trânsito de acordo com o fluxo de carros, graças à integração entre sensores e câmeras espalhados pelas ruas. Se em determinado horário o número de carros estiver maior, o sinal fica mais tempo aberto e vice-versa. Em Londrina, cidade do Paraná que está testando a tecnologia, isso já é realidade.
Antonio Bordeaux cita outros benefícios. “Supondo que tenha uma situação de emergência, calamidade, e você precisa criar um corredor verde, para carros de bombeiro, ambulâncias... esse próprio sistema detecta essa necessidade e ele controla para ter um trânsito mais fluente e esses veículos possam se deslocar rapidamente sem haver mais colisões ou acidentes”, exemplifica.
No setor industrial, a IoT deve otimizar os processos e causar uma revolução. Segundo Bordeaux, será possível se antecipar aos problemas nas máquinas, equipamentos e produtos, trocando as manutenções preventivas pelo que ele chama de predição.
“Através dessas informações, desses dados, quando começa a acontecer algo diferente numa máquina ou num objeto, a inteligência artificial já prevê que vai ocorrer um determinado comportamento. Essa prevenção é diferente da manutenção preventiva, que é meio burra, porque a IA estará monitorando a máquina e vai dizer ‘opa, está tendo um comportamento que leva [a danos]’”.
No campo, a IoT vai permitir inúmeras melhorias, projetam os especialistas. Gustavo explica que, por meio da tecnologia, um produtor conseguirá monitorar as culturas. “Através de um IoT, eu consigo medir a umidade do solo e identificar a necessidade hídrica de uma cultura de grãos, por exemplo e por meio algoritmo se define quais são os parâmetros de irrigação necessários para aquele dia ou para a semana. Eu consigo melhorar a gestão de consumo de água e energia”, explica.
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