LOC.: Os valores referentes ao apoio a projetos de capacitação de catadores, construção de galpões e compra de equipamentos para reciclagem podem ser deduzidos do Imposto de Renda. O Congresso Nacional promulgou os trechos da Lei que cria o incentivo e que haviam sido vetados pelo presidente Bolsonaro.
Segundo a engenheira ambiental Beatriz de Barcelos, a decisão representa uma grande expectativa de fomento às indústrias para uso de matérias-primas e de insumos de materiais recicláveis.
TEC./SONORA: Beatriz Rodrigues de Barcelos, engenheira ambiental
“Essa legislação vai auxiliar o empresário na utilização desses materiais sem onerar a cadeia produtiva. Consequentemente, ele vai reduzir os custos e produzir mais lucro para as empresas. Do ponto de vista social, o empresário que utilizar produtos recicláveis vai fortalecer sua marca perante ao consumidor, que vê com bons olhos a empresa que tem esse selo verde.”
LOC.: O presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos, Yuri Schmitke, considera que a legislação deveria ter sido ainda mais abrangente. Para ele, é importante que a cadeia como um todo seja atendida, desde a catação até a chegada à indústria.
TEC./SONORA: Yuri Schmitke, O presidente da ABREN
“Os países que mais geram energia por meio dos resíduos são aqueles que mais reciclam. Com isso, cria-se uma consciência na sociedade de separação de materiais, de industrialização de resíduos. Com uma organização por meio de concessões e por meio de empresas públicas, toda a cadeia se organiza, de modo a criar as melhores prática de gestão de resíduos.”
LOC.: Um estudo da Associação revela que apenas a região do Distrito Federal, por exemplo, tem a possibilidade de receber sete usinas de recuperação energética, com capacidade de produzir o suficiente para suprir o consumo de mais de 1 milhão e oitocentas mil residências.
Reportagem, Marquezan Araújo