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O paranaense Fábio Schiontek, 42 anos, acredita no poder transformador da educação. Depois de 23 anos sem estudar, o morador de Campo Largo (PR) decidiu que era hora de dar um novo rumo para a vida dele e da família. Em agosto deste ano, Fábio concluiu os estudos pela educação de jovens e adultos (EJA), com o apoio da indústria em que trabalha, e agora cursa o primeiro semestre da faculdade de Engenharia de Produção.
“A educação deveria ser uma prioridade. As pessoas sem estudo muitas vezes não sabem pensar, não sabem agir e pegam os piores trabalhos que têm, né? Com estudo, você tem mais oportunidades no mercado de trabalho”, acredita o hoje mecânico e futuro engenheiro.
Retomar os estudos não foi uma opção fácil para Fábio, mas necessária. “Resolvi concluir meus estudos porque a demanda do mercado de trabalho exige cada vez mais isso”, revela. “Os benefícios que os estudos me trouxeram foram uma maior capacidade de desenvolver meu trabalho e de conviver com outras pessoas”, relata.
Fábio é um dos 2,6 milhões de jovens e adultos brasileiros que terminaram os estudos da educação básica por meio da educação de jovens e adultos. Os dados são do Censo Escolar, do Ministério da Educação, do ano passado. Assim como Fábio, muitos ainda sonham em retomar os estudos e garantir condições melhores para si e para a família.
Foram esses sonhos que motivaram o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) a reconhecer boas práticas em educação, de olho nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela Organização das Nações Unidas. O Sistema Fiep lançou, em outubro, o edital Selo Sesi Indústria Parceira da Educação, a fim de certificar indústrias que indicarem trabalhadores para voltarem à sala de aula, com validade de um ano. Além disso, as três empresas que mais indicarem matrículas, de acordo com o porte, também vão receber troféu, premiação de acervo bibliográfico e certificado.
“Retomar os estudos pode ser desafiador para jovens e adultos que realizaram uma pausa no processo de escolarização e não concluíram o ensino fundamental ou médio. Mas essa iniciativa é importante para o trabalhador porque contribui para sua formação pessoal e profissional, em que ele desenvolve novas competências e habilidades e pode oportunizar melhorias na carreira e mais autonomia para se posicionar na sociedade”, comenta a coordenadora de Educação Básica do Sistema Fiep, Jacielle Feltrin.
Para participar, as indústrias devem incentivar seus colaboradores, familiares e comunidade a concluírem as etapas de educação básica por meio da EJA e ingressarem em um curso de qualificação profissional.
“Apoiando seus colaboradores, a indústria contará com profissionais mais capacitados e preparados para seus desafios, já que eles também terão a oportunidade de realizar um curso de qualificação profissional, de forma gratuita”, revela Jacielle.
Além da EJA, os jovens e adultos que se inscreverem no programa terão acesso a um curso de qualificação profissional previsto para ser realizado em 2021. As aulas de EJA são oferecidas no formato de educação a distância (EaD). O programa é aberto a homens e mulheres (trabalhadores de indústria ou não), acima de 18 anos, e ofertados gratuitamente. No modelo EaD, o curso é feito por disciplinas (módulos), cursadas uma de cada vez, com duração que pode variar de duas semanas a três meses. Desta forma, os novos alunos podem ingressar quando um novo módulo/disciplina estiver iniciado. A ideia é que o aluno (a) tenha várias oportunidades de entrada ao longo do ano.
As inscrições para o Selo Sesi Indústria Parceira da Educação vão até 16 de novembro pelo portal ODS e são gratuitas.
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