Foto: Ascom / Ministério da Saúde
Foto: Ascom / Ministério da Saúde

Norte da Amazônia recebe reforço de atendimento de saúde e equipamentos de proteção individual

Segundo o governo, ação interministerial leva profissionais e cerca de 100 mil itens de proteção e insumos médicos

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Quatro comunidades do norte do Amazonas começaram a receber reforços nos atendimentos de saúde e equipamentos de proteção individual (EPIs). Uma ação conjunta do Ministério da Saúde e do Ministério da Defesa visa levar profissionais de saúde e 100 mil itens como luvas, máscaras, álcool em gel e testes para a Covid-19.

As comunidades Maturacá, São Joaquim, Querari e Iurareté, localizadas nos municípios de São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga, são majoritariamente indígenas. A ação interministerial conta com o apoio das Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, que já atendem a população local. 

Os atendimentos ocorrem nas sedes dos Pelotões Especiais de Fronteira do Exército, na região que abriga cerca de 4 mil brasileiros, incluindo indígenas e não-indígenas.

Segundo o Ministério da Saúde, são mais de 20 profissionais de saúde envolvidos. Os dois hospitais de referência que recebem parte dos insumos ficam localizados nas regiões do Alto Rio Negro e Alto Rio Solimões, nos municípios de São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga.

“O governo tem agido de forma integrada. A ajuda é mútua. A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) tem como base os Distritos Sanitários Especiais Indígenas. A SESAI faz atenção primária, estamos integrados ao SUS. Nós atuamos dentro das terras indígenas”, afirma o secretário especial de Atenção Indígena do Ministério da Saúde, Robson Santos.

Povos indígenas

O reforço enviado às comunidades no norte do Amazonas faz parte dos esforços do governo federal para combater disseminação do coronavírus entre as comunidades indígenas. Desde o início do ano, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) elabora documentos técnicos para orientar povos indígenas, gestores e colaboradores sobre medidas de prevenção e de primeiros atendimentos aos casos de covid-19. 

O Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo Coronavírus em Povos Indígenas detalha como as equipes de saúde devem agir conforme cada caso. Os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) – 34 ao todo-  também elaboraram Planos de Contingência Distritais.

Segundo o Ministério da Saúde, já foram enviadas cinco remessas de insumos aos DSEIs, totalizando mais de 600 mil itens, entre máscaras, luvas, aventais, toucas, álcool em gel e testes rápidos.

As ações para combate ao coronavírus nas populações indígenas também conta como apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai). Desde o início da pandemia, segundo a fundação, foram investidos cerca de R$ 20,7 milhões de recursos emergenciais. Entre as medidas, estão a entrega de cestas básicas de alimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social e realização de barreiras sanitárias para impedir a propagação da pandemia.

“Nos próximos meses, a expectativa é superar a marca de 500 mil cestas básicas entregues em todo o Brasil. Para a região norte do Brasil, já foram distribuídas aproximadamente 29 mil cestas básicas para famílias indígenas em situação de vulnerabilidade alimentar”, destaca o presidente da Funai, Marcelo Xavier. 

Casos

Segundo o Ministério da Saúde, entre os povos indígenas, atualmente há 466 casos suspeitos de Covid-19. Cerca de 2.085 casos estão confirmados, 1.747 foram descartados, além de 82 óbitos. 

De acordo com a SESAI, ao todo são cerca de 751 mil indígenas no Brasil, distribuídos em 306 povos e mais de 5,8 mil aldeias, além de 274 línguas diferentes. 
 

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