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Com a aprovação do uso emergencial de vacinas contra a Covid-19 pela Anvisa, municípios deram a largada para começar a vacinar sua população. Ao todo, 6 milhões de doses da Coronavac – desenvolvida pelo Butantan e pela Sinovac – foram distribuídas aos estados, por meio de aviões da FAB e da Associação Brasileira de Empresas Aéreas, além da frota de 100 caminhões que fazem o transporte terrestre. Pelo link, é possível conferir a quantidade de doses distribuídas para cada estado.
O médico sanitarista, Gonzalo Vecina Neto, fundador e ex-presidente da Anvisa, explica como é feito o processo de distribuição das vacinas, do Ministério da Saúde, até chegar aos municípios.
“Cem por cento das vacinas brasileiras são pagas pelo Ministério da Saúde, que as recebe em seus grandes armazéns, localizados em aeroportos, e faz o endereçamento dessas vacinas aos centros de armazenamento estaduais; que, dentro de um cronograma já determinado, faz a distribuição para estoques regionais e/ou direto para os estoques dos municípios”. Segundo o médico sanitarista, esse modelo vem dado certo há muito tempo no Brasil.
Segundo o fundador da Anvisa, Gonzalo Vecina Neto, a aplicação das doses é papel fundamental dos municípios. “A Atenção Básica é responsabilidade exclusiva dos municípios, e é através dela que ocorre a vacinação. É o município que vacina; ele que faz o controle de quem é vacinado e depois envia esses dados para o governo do estado, que os envia ao governo federal. E assim temos a consolidação da base de vacinação”, explica.
O Ministério da Saúde está promovendo a integração dos registros de imunização, através da Rede Nacional de Dados em Saúde. O objetivo é promover, em todo o País, a troca de informações sobre a população imunizada, aplicação correta dos imunizantes e o registro de eventos adversos após recebimento da vacina.
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No Mato Grosso do Sul, mais de 68% dos municípios já iniciaram a vacinação contra a Covid-19. O primeiro lote recebido pelo Ministério da Saúde contém 158 mil doses, que foram entregues aos 79 municípios do estado.
Em Campo Grande, as três primeiras pessoas imunizadas foram a indígena Domingas da Silva; Maria Bezerra de Carvalho, idosa de 82 anos; e o médico Márcio Estêvão Midom, de 43 anos. A vacinação prosseguiu no grupo prioritário da fase 1 da campanha, composto por idosos com mais de 60 anos, em instituições de repouso, indígenas e trabalhadores da saúde. Em Jaguari (MS), 59 pessoas fazem parte do grupo prioritário. A cidade recebeu as doses na madrugada de 19 de janeiro.
No Acre, as doses foram encaminhadas aos municípios de Sena Madureira, Manoel Urbano, Santa Rosa do Purus, Jordão, Cruzeiro do Sul, além da capital Rio Branco, totalizando 41 mil doses da Coronavac.
Em Minas Gerais, a aplicação da vacina também já começou. A primeira imunizada mineira foi a técnica em enfermagem Maria Bom Sucesso Pereira, de 57 anos, de Belo Horizonte. O estado recebeu 577.480 doses da Coronavac, mas cabe aos 853 municípios mineiros retirarem as doses em 28 Superintendências Regionais de Saúde.
Na cidade do Rio de Janeiro, houve atrasos no recebimento das doses e, por isso, o município montou uma logística própria para transportar as vacinas. A estimativa da capital fluminense é imunizar 110 mil pessoas em quatro dias.
Já o município de Mococa (SP) ainda não recebeu nenhuma dose, situação que preocupa as autoridades de saúde locais, após a explosão de casos da Covid-19, na primeira semana de janeiro.
A coordenadora municipal de Vigilância Epidemiológica, doutora Joanna Barretto Jones, afirma que as doses previstas não serão suficientes para imunizar todos os profissionais de saúde. “Não sabemos quando essa vacina irá chegar. Está previsto uma grade de 1.120 doses para o município de Mococa, que é uma quantidade insuficiente para vacinar todos os profissionais de saúde, mas é suficiente para vacinar os profissionais da linha de frente, em especial, dos Centros de Atenção à Covid-19, do Hospital e da UPA”, explica.
A situação também preocupa os moradores de Mococa. Henrique Brisighelo Michelin, cidadão mocoquense, tem os pais e os avós no grupo prioritário para imunização. Ele reclama da falta de organização na entrega das doses. “Eu acho essa questão, de não ter chegado a vacina, um desrespeito à população. Não digo que seja culpa da cidade, mas do governo do estado, porque em outros estados a vacina já está sendo aplicada. Eu acho que foi uma desorganização do governo do estado”, comenta.
Segundo a coordenadora Joanna Barreto Jones, a vacinação vai começar imediatamente após as vacinas chegarem no município.
De acordo com a epidemiologista Ethel Maciel, mesmo com o início da vacinação contra a Covid-19, é preciso que 70% da população esteja vacinada, para atingir a chamada imunidade de rebanho – o que pode demorar. “Então a gente vai precisar ainda seguir aquelas orientações, de utilizar máscara. 2021 vai ser um ano que a gente ainda vai utilizar máscara, vai precisar fazer distanciamento físico. Álcool em gel e a lavagem das mãos vão ser nossos aliados”, recomenda.
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