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A taxa de incidência de dengue na região, ou seja a quantidade de pessoas com a doença a cada 100 mil habitantes, é uma das mais altas do país. A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a zika e a chikungunya. A matogrossense Milena Ataíde relata que teve dengue várias vezes. No total foram seis contaminações, “é uma sensação muito horrível, é uma dor muito forte em volta dos olhos, uma vontade, assim, um enjoo muito forte, uma vontade de vomitar, assim, tremenda, uma dor forte em volta dos olhos, dor no corpo, dor nas pernas. Uma dor de cabeça forte que você não consegue ficar com os olhos abertos.”
Em Nova Mutum foram 785, além de 24 de chikungunya, em 2021. Mas os municípios de Santa Rita do Trivelato e Nova Ubiratã são os que tiveram maior incidência, considerando a quantidade de casos e o total de moradores de cada cidade. O epidemiologista e secretário adjunto de Vigilância e Atenção à Saúde de Mato Grosso, Juliano Melo, chama a atenção para o cuidado que as pessoas devem ter para eliminar os criadouros do mosquito, “porque muitas vezes as pessoas consideram que seu ambiente é seguro sem fazer nenhuma análise sem fazer nenhuma avaliação. Falam: ‘Aqui em casa não tem problema quem tem problema é o vizinho é o outro’. E aí quando você vai na casa, por que teve um caso grave ou óbito e a gente vai investigar, 90% das vezes a gente encontra o criadouro dentro do imóvel.”
O coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka, explica que, hoje, mais de 70% dos casos de dengue se concentram em menos de 200 municípios do país. Mas ele lembra que isso não quer dizer que as cidades próximas não devam se preocupar, “o vírus da dengue tem um potencial de distribuição geográfica muito rápida e muito grande, tanto que se a gente pegar regiões onde a gente tem uma baixa transmissão que sejam contíguas, principalmente regiões metropolitanas, regiões vizinhas, a gente vê essa expansão muito rápida. Porque a gente tem o vetor. O vetor estando presente, isso faz com que a gente tenha uma maior transmissão e as pessoas infectadas transitam por essas regiões.”
Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina.
O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.
O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um anoo para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.
Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:
Para o combate é necessário unir esforços com a sociedade para eliminar a possibilidade de locais que possam acumular água. Os ovos da fêmea do Aedes aegypti podem ficar incubados durante um ano e eclodir em apenas cinco dias quando entram em contato com a água. "É preciso manter os cuidados durante todo o ano por 365 dias”, reforça o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka.
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