Serviços e Indústria puxam resultado positivo de empregos em agosto, aponta Caged

Ao todo, o Brasil teve saldo positivo de 278.639 empregos com carteira assinada em agosto de 2022. O resultado é a diferença entre 2.051.800 contratações e 1.773.161 desligamentos

Carteira de trabalho. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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O Brasil teve saldo positivo de 278.639 empregos com carteira assinada em agosto, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado é a diferença entre 2.051.800 contratações e 1.773.161 desligamentos. O balanço foi divulgado na última quinta-feira (29). O setor de serviços foi o que mais contratou, seguido pela indústria.

Empregos por setor

  • Serviços (141.113)
  • Indústria (52.760)
  • Comércio (41.886)
  • Construção (35.156)
  • Agropecuária (7.724)

“Mais uma vez, as 27 Unidades da Federação contribuíram para que os empregos fossem criados. Aproveito para ressaltar a importância da indústria. É o terceiro mês de crescimento do setor. Isso quer dizer que estamos retomando o crescimento da indústria. Isso é relevante porque traz um valor agregado aos nossos produtos e consequentemente, faz com que a balança comercial brasileira tenha um resultado muito mais favorável”, explica o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira.

O resultado representa um salto na comparação com julho de 2022, quando foram abertas 202.902 vagas. Além disso, o salário médio de contrações aumentou, já que passou de R$ 1.920,57 em julho, para R$ 1.949,84 em agosto. Em agosto de 2021, o valor estava em R$ 1.951,30.

Indústria geral

Na avaliação de técnicos do governo, desde junho, a indústria se destaca nas contratações. O saldo foi de 52.760 admissões em agosto.  A expectativa é de que haja um saldo positivo de aproximadamente 200 mil postos de trabalho entre agosto e novembro de 2022.

O resultado pode, inclusive, contribuir para o aumento da média salarial, uma vez que os profissionais do setor costumam ter maior qualificação. É o caso do mineiro de Belo Horizonte Dalison Silva, de 37 anos, que buscou formação como técnico de refrigeração e climatização. 

“Graças a essa certificação, trilhei meu caminho profissional. Atualmente, estou me preparando para internacionalizar minha empresa. Darei continuidade à minha carreira profissional, aplicando meus conhecimentos adquiridos pelo SENAI e ao longo dos 19 anos de carreira profissional atuando no Brasil, expandindo ao mercado americano”, relata.  

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De acordo com o Mapa do Trabalho Industrial, compilado pelo Observatório Nacional da Indústria, o setor vai demandar ainda 9,6 milhões de trabalhadores qualificados em ocupações industriais até 2025. As áreas com maior demanda por formação são: transversais; metalmecânica; construção; logística e transporte; e alimentos e bebidas.