LOC.: A produção industrial brasileira avançou 0,6% na passagem de junho para julho. É o que indica a Pesquisa Industrial Mensal Regional, do IBGE, divulgada neste mês de setembro.
Em quatro estados, o crescimento foi superior à média nacional: Pará teve avanço de 4,7%; Mato Grosso, com 3,7%; Santa Catarina cresceu 1,9%; e Rio de Janeiro, com evolução de 0,7%.
De acordo com o IBGE, a principal influência positiva sobre o resultado nacional foi o setor extrativo paraense, já que uma característica da indústria do estado é de ser pouco diversificada. Como segunda influência positiva, houve a indústria de Santa Catarina, puxada pelos setores de máquinas e equipamentos, e de produtos de borracha.
Para o economista do Observatório da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, Marcelo de Albuquerque, a recente aceleração do setor industrial está associada à recuperação gradual de atividades que vinham sendo prejudicadas por problemas de oferta e alto custo das matérias-primas.
TEC./SONORA: Marcelo de Albuquerque, economista do Observatório da FIESC.
“É também pelo fato de Santa Catarina tem hoje uma relevância muito forte em termos de produção industrial. Tem uma diversidade produtiva e regional bem considerável, conseguimos ver fortes setores produtivos espalhados pelo estado. Isso tudo acaba trazendo maior capacidade e condições para que Santa Catarina aproveite cada ciclo econômico dentro de cada setor produtivo.”
LOC.: Mato Grosso, outro estado que teve avanço acima da média nacional, tem no agronegócio seu ponto forte, com a produção de carnes congeladas e resfriadas, óleo e farelo de soja, por exemplo. É o que explica o gerente de economia do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso, Pedro Máximo.
TEC./SONORA: Pedro Máximo, do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso.
“Nós temos uma característica forte na agroindústria. Produzimos muita carne, farelo de soja, óleo de soja, açúcar, bioenergia. O setor que mais se destaca é o setor de alimentos, que corresponde a quase 70% da nossa produção industrial. Apesar dos desafios econômicos, Mato Grosso mantém a taxa de crescimento. A expectativa para os próximos seis meses é que Mato Grosso continue crescendo. ”
LOC.: Produzida desde a década de 1970, a Pesquisa Industrial Mensal Regional traz indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação. A cada mês, são divulgados índices para 14 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 1% no total do valor da transformação industrial nacional e, também, para o Nordeste como um todo.
Reportagem, Thiago Marcolini