Data de publicação: 02 de Junho de 2023, 21:00h
LOC.: A implementação de um piso salarial mais alto para enfermeiros, definido no Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN), que estabelece salários de R$ 2,3 mil a R$ 4,7 mil, gera preocupações entre os prefeitos sobre o impacto financeiro das prefeituras em todo o Brasil.
O prefeito de Santa Maria da Boa Vista (PE), George Duarte, explica que com o aumento proposto pelo governo, o município precisa de R$ 320 mil por mês para custear o piso, porém o repasse que é feito é de apenas R$ 38 mil _ o que gera um déficit de quase R$ 2 milhões no ano.
TEC./SONORA: George Duarte - Prefeito de Santa Maria da Boa Vista
“A gente não é contra nenhum aumento de nenhuma categoria, mas desde que se diga a fonte da receita e que seja repassada aos municípios. Aí a gente vai poder dar esse aumento com tranquilidade. Se não for assim, fica impossível a gente conseguir pagar o piso”
LOC.: No último dia 30, em uma reunião na Confederação Nacional de Municípios, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, expressou que apesar de não serem contra o reajuste em si, a exigência do aumento do piso salarial da enfermagem poderá sobrecarregar os orçamentos municipais.
TEC./SONORA: Paulo Ziulkoski - Presidente da CNM
"Acho que todo mundo tem que ganhar bem e os enfermeiros têm que ganhar. Agora, tem que ter dinheiro para pagar. Nesse período, faltando um ano e meio para terminar o mandato, os municípios brasileiros já estão ultrapassando o limite de gastos em todas as áreas, com conta no vermelho. O que pode ser feito? Se um piso deste entrar em vigor, aprofunda essa crise."
LOC.: A CNM destaca que a atualização do salário mínimo para profissionais de enfermagem resultará em um aumento de R$ 10,5 bilhões nos custos municipais. Enquanto a PEC 25/2022 permanece parada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, prefeitos estão buscando pressionar os legisladores para a votação da proposta.
Reportagem, Sophia Stein