Combata o mosquito todo dia. Foto: Divulgação
Combata o mosquito todo dia. Foto: Divulgação

Região de Três Lagoas registra umas das mais altas taxas de incidência de dengue do país

Só no município de Três Lagoas foram registrados 1.806 casos de dengue em 2021

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A taxa de incidência de dengue na região, ou seja a quantidade de pessoas com a doença a cada 100 mil habitantes, é uma das mais altas do país. A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a zika e a chikungunya. A sul-mato-matogrossense Eliane Nobre relata que teve dengue e precisou recorrer ao atendimento médico algumas vezes, "durante doze dias eu senti um mal estar terrível, muitas dores no corpo, falta de apetite, enjoo, dores de cabeça, por algumas vezes eu precisei ir ao hospital pra tomar um soro, pra me hidratar, porque também tinha muita febre. Então, é uma doença terrível que te pega e te derruba.”  

Só no município de Três Lagoas foram registrados 1.806 casos de dengue em 2021. O coronel Marcelo Fraia, assessor millitar da Secretaria de Saúde do Mato Grosso do Sul, diz que para ajudar no combate ao mosquito é utilizado o fumacê, “somente para interromper a cadeia de transmissão da doença em caso de epidemias fumacê é muito eficaz quando respeitadas as normas técnicas e exige muita capacidade técnica diferente operando durante as epidemias poderão ser realizados de três a cinco ciclos de aplicação no mesmo lugar desde que respeitando o quadrante planejado pelos técnicos nós temos à disposição 46 máquinas de fumacê para o atendimento dos 79 municípios"  

 O coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka, explica que, hoje, mais de 70% dos casos de dengue se concentram em menos de 200 municípios do país. Mas ele lembra que isso não quer dizer que as cidades próximas não devam se preocupar, “ o vírus da dengue tem um potencial de distribuição geográfica muito rápida e muito grande, tanto que se a gente pegar regiões onde a gente tem uma baixa transmissão que sejam contíguas, principalmente regiões metropolitanas, regiões vizinhas, a gente vê essa expansão muito rápida. Porque a gente tem o vetor. O vetor estando presente, isso faz com que a gente tenha uma maior transmissão e as pessoas infectadas transitam por essas regiões.”

Situação do País

O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. 

Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.

O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um anoo para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.

Cuidados necessários

Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:

Para o combate é necessário unir esforços com a sociedade para eliminar a possibilidade de locais que possam acumular água. Os ovos da fêmea do Aedes aegypti podem ficar incubados durante um ano e eclodir em apenas cinco dias quando entram em contato com a água. "É preciso manter os cuidados durante todo o ano por 365 dias”, reforça o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka.

Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina. 

Veja no mapa a incidência de dengue no seu município

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