Data de publicação: 09 de Fevereiro de 2022, 02:00h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:35h
A taxa de incidência de dengue na região de Araçatuba está em quase 900, referência que exige atenção dos moradores para controlar focos do Aedes aegypti, responsável por espalhar a doença. Dos 14 municípios que compõem a microrregião, sete apresentam índice de infestação superior a 500, referência para que uma localidade seja considerada crítica pelo Ministério da Saúde.
A população dos 7 municípios mais afetados da microrregião é estimada em 287 mil pessoas, entre elas, houve 2.582 adoecimentos por dengue em 2021. Entre os municípios, ainda houve confirmações de 2 casos de zika e um de chikungunya.
O município de Rubiácea é o que apresenta estado mais crítico. Em 2021, registrou 145 casos entre a população que tem cerca de 8 mil pessoas. Atrás dele, está Valparaíso, cuja população é de 27 mil pessoas. Entre elas, houve a confirmação de 640 casos.
“A circulação do vírus entre as regiões é rápida e não respeita limites geográficos, alerta o coordenador-geral de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka. O mosquito pica alguém contaminado e rapidamente espalha os vírus entre as pessoas que estão próximas.
Tereza Cristina de Souza (60), moradora de Ribeirão Preto (SP), acredita que se contaminou três vezes por dengue e uma por zika porque os moradores próximos seguem sem cuidados com a limpeza do ambiente. “Depois que adoeci pela primeira vez, recebi a visita de agentes ambientais que me orientaram sobre locais que eu nem imaginava que poderiam ser criadouros”, diz. Entre esses locais, estavam o compartimento atrás da geladeira e um cano que servia como suporte para o Varal.
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Situação do País
O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.
O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Cláudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.
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Cuidados necessários
Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:
- Vire garrafas, baldes e vasilhas para não acumularem água.
- Coloque areia nos pratos e vasos de plantas.
- Feche bem os sacos e lixo.
- Guarde os pneus em locais cobertos.
- Tampe bem a caixa-d´água.
- Limpe as calhas.
Para o combate é necessário unir esforços com a sociedade para eliminar a possibilidade de locais que possam acumular água. Os ovos da fêmea do Aedes aegypti podem ficar incubados durante um ano e eclodir em apenas cinco dias quando entram em contato com a água. "É preciso manter os cuidados durante todo o ano por 365 dias”, reforça o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka.
Veja no mapa a incidência de dengue no seu município