Combata o mosquito todo dia. Foto: Divulgação
Combata o mosquito todo dia. Foto: Divulgação

Região de Andradina (SP) precisa reforçar estratégias de controle da dengue

Dos 11 municípios próximos à cidade, apenas um tem índice de infestação considerado moderado. Média de incidência de dengue na região é uma das mais altas do país

SalvarSalvar imagemTextoTexto para rádio

A taxa de incidência de dengue na região de Andradina está em 3.413,65 mil. É uma das mais altas do País. O ministério da Saúde considera crítica regiões que têm resultados acima de 500. A população dos 11 municípios que compõem a microrregião é estimada em 195 mil pessoas, entre elas, houve 6.653 adoecimentos por dengue em 2021. Entre os municípios, ainda houve confirmações de 12 casos de zika e três de chikungunya. 

O município de Sud Mennucci é o que apresenta estado mais crítico. Em 2021, registrou mais de 800 casos entre a população que tem cerca de 8 mil pessoas. Atrás dele, está Nova Independência que registrou 351 casos entre sua população de apenas 4 mil habitantes. 

“A circulação do vírus entre as regiões é rápida e não respeita limites geográficos, alerta o coordenador-geral de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka. O mosquito pica alguém contaminado e rapidamente espalha os vírus entre as pessoas que estão próximas.

Tereza Cristina de Souza (60), moradora de Ribeirão Preto (SP), acredita que se contaminou três vezes por dengue e uma por zika porque os moradores próximos seguem sem cuidados com a limpeza do ambiente. “Depois que adoeci pela primeira vez, recebi a visita de agentes ambientais que me orientaram sobre locais que eu nem imaginava que poderiam ser criadouros”, diz. Entre esses locais, estavam o compartimento atrás da geladeira e um cano que servia como suporte para o Varal. 

Situação do País

O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. 
Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.

O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.

Dengue: mais de 70% dos casos se concentram em cerca de 200 municípios, nas demais cidades também devem agir

Cuidados necessários 

Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:

  1. Vire garrafas, baldes e vasilhas para não acumularem água.
  2. Coloque areia nos pratos e vasos de plantas.
  3. Feche bem os sacos e lixo.
  4. Guarde os pneus em locais cobertos.
  5. Tampe bem a caixa-d´água.
  6. Limpe as calhas.

Para o combate é necessário unir esforços com a sociedade para eliminar a possibilidade de locais que possam acumular água. Os ovos da fêmea do Aedes aegypti podem ficar incubados durante um ano e eclodir em apenas cinco dias quando entram em contato com a água. "É preciso manter os cuidados durante todo o ano por 365 dias”, reforça o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka.

Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina.

Veja no mapa a incidência de dengue no seu município

Receba nossos conteúdos em primeira mão.