Foto: Arquivo/EBC
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Reforma Tributária: senador diz que aprovação da reforma tributária é um caminho para reindustrialização do País

Esperidião Amin defende aprovação urgente e modificações amplas do sistema de cobrança de impostos do Brasil

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Entre janeiro e maio de 2021, o estado de Santa Catarina arrecadou um total de R$ 13,89 bilhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O total representa uma variação positiva de 26,26% frente ao mesmo período do ano passado. Nos cinco primeiros meses de 2020, a Unidade da Federação coletou R$ 11 bilhões do mesmo tributo. Os números são do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
 
Mesmo com esse quadro, o senador Esperidião Amin (PP/SC) reforça a importância de o Congresso Nacional aprovar a Reforma Tributária. Ele concorda que os custos impostos às empresas para se manterem em conformidade com o sistema de cobrança de impostos são elevados. “[A aprovação da Reforma Tributária] é urgente e deve ser ampla o suficiente para nos assegurar um ganho em competitividade internacional fundada no sistema tributário,” avalia. 
 
Para quem é favorável à proposta, o atual sistema tributário brasileiro é um dos responsáveis pela baixa competitividade do País, pelo quadro de estagnação da economia e perda da posição relativa da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) nacional.  

Arte: Brasil 61
 
Santa Catarina também pode ser afetada. O estado possui, atualmente, PIB industrial de R$ 66,3 bilhões, o equivalente a 5% da indústria brasileira. Ao todo, o setor emprega 804.796 trabalhadores na indústria. Os dados são da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 
 
O parlamentar entende que reformar o sistema tributário é parte do desafio do País, que passa também pelo investimento em pesquisa e tecnologia, para que haja uma “reindustrialização inteligente”. 
 
“Nós temos que depender menos de componentes de insumos industriais [do exterior] para que o nosso processo produtivo e as nossas cadeias produtivas sejam menos vulneráveis, especialmente depois da lição que a pandemia nos deu, em que até setores tradicionais, como o têxtil, demonstraram incompetência para suprir-se”, pontua. 
 
O professor de Direito Tributário do Ibmec Brasília, Thiago Sorrentino, acredita que somente uma reforma tributária ampla, com inclusão de impostos cobrados pela União, estados e municípios, será capaz de colocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento, com geração de emprego e renda.
 
“A reforma tributária tem que ser ampla. Não adianta fazê-la de forma pontual, nem fatiada. O Brasil é um dos países que têm a maior carga para se obedecer à legislação tributária. Não me refiro nem ao custo do tributo em si, mas ao custo para se saber como pagar corretamente esse tributo. Ele é muito alto e chega à casa de 1.500 horas por ano para uma empresa média”, considera.

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Vantagens

Dados que englobam pesquisas de profissionais renomados, que fazem parte de instituições como o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a LCA Consultores e a Fundação Getulio Vargas (FGV), apontam que a Reforma Tributária Ampla pode aumentar em até 20% o ritmo de crescimento do PIB do Brasil nos próximos 15 anos.
 
Esse resultado será consequência de ganhos de competitividade da produção nacional em relação aos competidores externos e da melhor alocação dos recursos produtivos.
 
De acordo com o IPEA, por exemplo, com as alterações na forma de se cobrar impostos no Brasil, a pressão dos tributos poderá sofrer uma queda para o cidadão de menor renda, contribuindo para a diminuição das desigualdades sociais.

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