Data de publicação: 25 de Fevereiro de 2022, 16:50h
LOC.: Cerca de 71% das micro e pequenas empresas registraram queda no faturamento em agosto de 2021 na comparação com o período anterior à pandemia da Covid-19. Os dados são da pesquisa mais recente sobre o impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios, elaborada pelo Sebrae em parceria com a FGV.
Para dar fôlego às micro e pequanas empresas, a Câmara dos Deputados aprovou em dezembro um projeto de lei, batizado de Relp, que permite que esses negócios parcelem seus débitos junto ao Simples Nacional. Mas o Executivo vetou integralmente a proposta e, agora, cabe ao Congresso Nacional analisar se mantém ou não a decisão.
O deputado federal Eduardo Cury, do PSDB de São Paulo, acredita que o veto do presidente ao Relp será derrubado pelos parlamentares. Caso contrário, essas empresas podem enfrentar mais dificuldades.
TEC./SONORA: deputado federal Eduardo Cury, do PSDB de São Paulo
“O projeto é importantíssimo para as micro e pequenas empresas, porque durante a pandemia o faturamento de grande parte caiu drasticamente e tiveram que priorizar, na verdade, pagamento de salários e o mínimo de insumos para poder sobreviver. Então, não tem sentido priorizar o dinheiro do governo num momento de enorme dificuldade para a sobrevivência das pequenas empresas”.
LOC.: O professor de Economia do Ibmec Brasília, William Baghdassarian, afirma que a renegociação de dívidas tributárias para as empresas de micro e pequeno porte e os microempreendedores individuais pode ajudar esses negócios a atravessarem a crise econômica.
TEC./SONORA: William Baghdassarian, professor de Economia do Ibmec Brasília
“Em um contexto de pós-pandemia, de elevado desemprego, de baixo crescimento econômico, eles [programas de renegociação] podem ajudar no processo de retomada [da economia] e acabam liberando essas empresas para poderem voltar a produzir, liberando um pouco de fluxo de caixa”.
LOC.: O Relp permite que as micro e pequenas empresas e, também, os microempreendedores individuais, MEIs, renegociem suas dívidas com desconto sobre juros, multas e encargos de forma proporcional à queda de faturamento de março a dezembro de 2020 na comparação com o mesmo período de 2019.
Reportagem, Felipe Moura.