LOC.: Dados da Interfarma apontam que um estudo clínico no Brasil leva, em média, 215 dias para ser aprovado. A título de comparação, o País precisa de 180 dias a mais do que os Estados Unidos, para aprovar uma pesquisa clínica. Diante dessas informações, parlamentares no Congresso Nacional defendem a aprovação do PL 7082/2017.
Em linhas gerais, a proposta quer instituir novas regras para o processo administrativo que envolve as pesquisas clínicas com seres humanos. Na avaliação do deputado federal Aureo Ribeiro (SOLIDARIEDADE-RJ), isso permitirá avanços em pesquisas e contribuirá para a evolução econômica do país.
TEC./SONORA: Aureo Ribeiro, deputado federal
“Dessa forma, além de possibilitar a elaboração de tratamento mais eficazes e baratos no País, estaremos aptos a participar ativamente do mercado de pesquisa e desenvolvimento, que movimenta mais de 70 bilhões de dólares por ano, no mundo. E movimentará mais 200 bilhões até 2023, sem considerar os efeitos da pandemia.”
LOC.: Para a presidente da Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica (SBPPC), Greyce Lousana, há muito espaço no Brasil para condução de ensaios clínicos em diversas áreas, mas que além da regulamentação são necessários outros fatores para atrair aporte financeiro.
TEC./SONORA: Greyce Lousana, presidente da Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica
“Quanto melhores as condições de um País, obviamente, mais investimento a gente tem. Tais condições vão desde a estrutura dos locais, de capacitação das equipes, enfim, aliado obviamente a uma estabilidade econômica e política.”
LOC.: O PL institui o Sistema Nacional de Ética em Pesquisa Clínica com Seres Humanos, constituído por uma Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e por Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs).
Aprovado no Senado em 2015, o projeto seguiu para a Câmara dos Deputados, onde também teve aval de membros das Comissões de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática; Seguridade Social e Família, Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Agora, o PL está pronto para ser votado no Plenário da Casa.
Reportagem, Marquezan Araújo