LOC.: O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou a lei que estabelece pisos salariais para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras.
Agora, o piso nacional de enfermeiros dos setores público e privado será de quatro mil setecentos e cinquenta reais. Esse valor vai servir como base para calcular o salário mínimo de técnicos de enfermagem, que corresponde a 70%, dos auxiliares de enfermagem, que corresponde a 50%; e das parteiras, que também equivale a 50%.
Atualmente, cerca de 2,6 milhões de profissionais de enfermagem estão registrados no Conselho Federal de Enfermagem, o Cofen. Segundo o conselheiro Daniel Menezes, há uma disparidade salarial entre as diferentes regiões do país.
TEC./SONORA: Daniel Menezes, conselheiro do Cofen
“O Brasil, por ser um país de proporções continentais, tem uma disparidade muito grande de remuneração. Inclusive nos estados, como [das regiões] Sul e Sudeste. Mesmo nesses estados, no município do interior, temos profissionais de enfermagem do nível médio ganhando próximo a um salário mínimo.”
LOC.: A enfermeira Dayra Ribeiro, moradora de Brasília, comemora a sanção.
TEC./SONORA: Dayra Ribeiro, enfermeira
“Me alegra bastante, uma vez que sofremos várias represálias dentro da equipe de saúde. Não somos valorizados. Não somos vistos como profissionais que merecem o reconhecimento pelos anos de estudos que nós desempenhamos e tudo mais. Fico muito feliz com o início dessa valorização.”
LOC.: O texto aprovado pelo Congresso Nacional previa que os pisos passariam por atualizações a cada ano, levando em conta a inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Mas esse trecho foi vetado. De acordo com a Secretaria-Geral da presidência, esse ponto era inconstitucional e contrário ao interesse público, porque poderia acarretar dificuldades à política monetária, já que estaria transmitindo a inflação do período anterior para o seguinte.
Reportagem, Marquezan Araújo