Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Especialista alerta para a importância da vacinação contra covid-19 e gripe

A imunização pode reduzir o número de mortes, conter as complicações das doenças e a contaminação

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As campanhas de vacinação contra gripe e covid-19 estão ativas por todo Brasil. Seis em cada dez mortos e internados por covid-19 no país não tomaram a terceira dose da vacina entre março e junho deste ano, segundo dados da plataforma de monitoramento da pandemia ligada à Universidade de São Paulo (USP) e à Universidade Estadual Paulista (Unesp), a Info Tracker

A infectologista Dra. Joana D’arc destaca a eficácia da imunização para reduzir o número de mortes, conter as complicações das doenças e a contaminação. “No caso da covid-19, reduziu a mortalidade, letalidade, questões da circulação viral, a questão de aquisição das novas variantes. Na vacina da gripe, a gente tem a questão de cepas virais muito agressivas, como H1N1, que também já foi causa de epidemias e de grande mortalidade. Então, quando a gente imuniza para as duas, reduz possibilidades de adoecimento, facilita para os serviços de saúde no momento de fazer um diagnóstico e diminui a superposição de doenças infecciosas”, afirma.

A médica alerta ainda para a importância de tomar as vacinas de reforço de acordo com a frequência indicada: após quatro meses para covid-19 e a cada ano para a gripe. “As vacinas que nós temos disponíveis atualmente não dão uma imunidade tão duradoura quanto gostaríamos. E quando você faz o reforço, é como se fosse uma amplificação da sua imunidade e com isso a gente reduz a possibilidade de novos surtos de novas epidemias e seleção de novas variantes. A vacina da gripe, assim como o vírus da covid, passa por mutações muito frequentes e todos os anos a vacina tem uma composição diferente”, explica. 

João Luiz, 23, estudante, tomou três doses da vacina contra covid-19, mas ainda assim foi infectado com a doença. Ele teve apenas sintomas leves: “eu estava sentindo o corpo mole, a  garganta estava inflamada e o nariz entupido, então eu estava tossindo muito. Senti um pouco de febre nos primeiros dias, mas depois passou”. João se recuperou após duas semanas em casa, e continua com cuidados como uso de máscara e álcool gel. A infectologista Joana D’arc esclarece que, apesar de a vacina não bloquear a infecção, os casos de pacientes imunizados com as doses de reforço são os que menos complicam. 

Anvisa recebe pedido de ampliação para faixa etária da Pfizer

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária analisa possibilidade de inclusão da faixa etária de 6 meses a 4 anos de idade na indicação da vacina Pfizer contra covid-19. Atualmente, ela é recomendada a partir dos 5 anos. O início do prazo de análise da solicitação é de 30 dias e começou a contar nessa segunda-feira (1º). O período para análise pode ser alterado, caso haja necessidade de complementar dados e informações pelo laboratório.

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LOC.: As campanhas de vacinação contra gripe e covid-19 estão ativas em todo o Brasil. Seis em cada dez mortos e internados por covid-19 no país não tomaram a terceira dose da vacina entre março e junho deste ano, segundo dados da plataforma de monitoramento da pandemia ligada à Universidade de São Paulo (USP) e à Universidade Estadual Paulista (Unesp), a Info Tracker

A infectologista Joana D’arc alerta para a importância de tomar as vacinas de reforço de acordo com a frequência indicada: após quatro meses para covid-19 e a cada ano para a gripe. 

TEC./SONORA: Dra. Joana D’arc, infectologista

“Quando você faz o reforço, é como se fosse uma amplificação da sua imunidade. E com isso, gente reduz a possibilidade de novos surtos, de novas epidemias e de seleção de novas variantes. A vacina da gripe, assim como o vírus da covid, esses vírus que compõem a vacina da gripe, eles passam por mutações, são mutações muito frequentes e todos os anos a vacina, ela tem uma composição diferente”. 


LOC.: Segundo a médica, a vacina contra covid-19 não evita a infecção, mas pacientes imunizados com as doses de reforços têm menos complicações e são menos hospitalizados.

O estudante João Luiz tomou três doses da vacina contra covid-19, mas ainda assim foi infectado com a doença. Ele teve apenas sintomas leves.
 

TEC./SONORA: João Luiz, 23, estudante, morador de Brasília

“Eu tava sentindo o corpo mole, a garganta tava inflamada, né? E o nariz também tava entupido, então eu tava tossindo muito. Eu senti um pouco de febre nos primeiros dias, mas depois passou”.


LOC.: João se recuperou após duas semanas em casa, e continua com cuidados como uso de máscara e álcool gel.

Hoje, as vacinas da Pfizer, Janssen ou Astrazeneca podem ser utilizadas na aplicação da dose de reforço quatro meses depois da segunda dose contra covid-19.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária analisa possibilidade de inclusão da faixa etária de 6 meses a 4 anos de idade na indicação da vacina Pfizer contra covid-19. Atualmente, ela é recomendada a partir dos 5 anos.

O início do prazo de análise da solicitação é de 30 dias e começou a contar nessa segunda-feira (1º). O período para análise pode ser alterado, se for preciso complementar dados e informações do laboratório.

Reportagem, Nathália Guimarães.