LOC.: A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene, registrou um valor superior a 660 milhões de reais em investimentos no estado do Piauí em 2022. De janeiro a abril de 2023, o total investido já ultrapassa a marca de 1 bilhão e 200 milhões de reais. A Sudene, assim como a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam, busca promover, por meio de incentivos fiscais, o desenvolvimento das áreas em que atua.
Mas esses incentivos têm data para acabar: 31 de dezembro de 2023. Com o objetivo de prorrogar esse prazo, tramita na Câmara dos Deputados um projeto que estende a validade dos benefícios até 2028. O economista César Bergo destaca a importância de se prorrogar o prazo
TEC./SONORA: César Bergo, economista
“Com relação à manutenção do subsídio, e aprovado até 2028, que seria realmente muito importante, você poderá ter novos projetos, poderá gerar emprego e renda naquela região e reter também a mão de obra nessas regiões, contribuindo assim para evitar a migração desordenada. Então você gera empregos nas região e contribui para o desenvolvimento de cada estado e você tem então um ganho na economia do país como um todo.”
LOC.: O autor do projeto, o deputado federal Júlio Cesar, do PSD do Piauí, está confiante de que a prorrogação dos incentivos fiscais às empresas que atuam nas áreas da Sudam e da Sudene será aprovada no Congresso.
TEC./SONORA: deputado Júlio Cesar (PSD-PI)
“Estamos certo que vamos aprovar. O prejuízo seria retirar uma opção que as empresas têm de investir o seu imposto de renda em empreendimentos na região mais pobre do Brasil que é a Nordeste. Então eu não acredito que isso não tenha curso. Eu acho que vai ser transformada em lei e dentro deste prazo que ainda temos ele passa a vigorar no ano seguinte por mais cinco anos.”
LOC.: Com parecer favorável do relator do projeto, o deputado Eduardo Bismarck, do PDT do Ceará, a proposta está pronta para entrar na pauta de votação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara. Caso aprovado, o texto será remetido para análise do Senado.
Reportagem, Fernando Alves