LOC.: Dados divulgado nesta sexta-feira (28) pelo IBGE mostram que a taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,8% no trimestre de janeiro a março deste ano. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a Pnad Contínua, revela, ainda, que houve um salto de 0,9 ponto percentual no indicador na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2022, quando a taxa estava em 7,9%. Ao todo, a população desocupada cresceu 10% frente ao último trimestre, e recuou 21,1% no ano.
Segundo o economista e professor da FGV Renan Pieri, o cenário atual já mostra uma certa desaceleração, o que exige mudanças mais amplas, sobretudo no que diz respeito a aprovação de medidas importantes, como a reforma tributária.
TEC./SONORA: Renan Pieri, economista e professor da FGV-EAESP
“Para resolver a situação, a gente precisa sair dessa armadilha de crescimento curto, de voo de galinha. Para isso, precisamos de reformas estruturais. Estamos falando de uma reforma tributária que simplifique os impostos; uma reforma macroeconômica, dos gastos do governo, que permita uma redução do déficit, uma maior previsibilidade para a economia, com inflação mais baixa, com mais investimento.”
LOC.: Na avaliação do especialista em finanças Marcos Melo, diretor da Valorum Empresarial, é possível que, ao longo de 2023, a taxa de desemprego seja mantida basicamente no atual patamar.
TEC./SONORA: Marcos Melo, especialista em finanças
“Talvez se elevando um pouco mais ou diminuindo um pouco, mas, provavelmente, continuará nesse nível até que a gente consiga perceber um cenário econômico mais favorável, para volta de investimento por parte das empresas, assim gerando novas contratações, fazendo com que esse nível reduza.”
LOC.: Quanto ao número de pessoas ocupadas, a pesquisa mostra que houve uma retração de 1,6% em relação ao trimestre anterior. Já em relação à quantidade de profissionais com carteira de trabalho assinada no setor privado, houve estabilidade na comparação com o trimestre anterior. Já na comparação anual, foi notado um acréscimo de 5,2%, ou seja, mais de 1,8 milhão de pessoas.
Reportagem, Marquezan Araújo