LOC.: Os municípios brasileiros devem ter uma redução dos recursos financeiros disponíveis ao longo de 2022. A análise é do especialista em Orçamento Público, Cesar Lima. Segundo o economista, o quadro se deve a uma série de fatores, entre eles, uma menor prévia do PIB para este ano em relação a 2021.
TEC./SONORA: Cesar Lima, especialista em Orçamento Público
“A prévia do PIB para 2021 é de um aumento entre 5,1% e 5,3%. Para 2022 esse crescimento está entre 2,1 e 2,5%. Então temos a diminuição da atividade econômica e a manutenção de altas taxas de inflação e juros, os quais impelem aumentos de preços. Tais aumentos refletem diretamente nas contas dos municípios e suas despesas correntes.”
LOC.: Lima explica que não se trata de uma redução visível, mas, sim, de uma menor disponibilidade de recursos, causada pela redução da atividade econômica e, consequentemente, menor arrecadação somada ao aumento geral de preços no mercado.
Além disso, uma pesquisa divulgada pela Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, revela que haverá uma tendência de redução da oferta de crédito em 2022 por parte das instituições financeiras, o que vai afetar o consumo das famílias.
Reportagem, Marquezan Araújo