Data de publicação: 23 de Maio de 2023, 04:30h, atualizado em 22 de Maio de 2023, 22:39h
LOC.: A Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória que promove mudanças no Código de Trânsito Brasileiro e altera as regras de seguros de transporte de cargas. O texto original transferia aos transportadores a competência exclusiva para contratar seguros. Mas, após críticas, o item foi removido da proposta.
Mas, mesmo com a alteração, a medida provisória pode impactar no aumento do Custo Brasil. De acordo com o economista Aurélio Trancoso, os insumos, que já estão em alta, ficam ainda mais caros com o aumento de custo para o produto chegar até o consumidor final.
TEC./SONORA: Aurélio Trancoso, economista
“O seguro é importante, só que ele também vai ser jogado no preço do produto final. Então, quando o empresário precifica o preço do produto, ele vai colocar tudo aquilo que vai depender para o produto chegar na prateleira: desde a hora que sai um insumo na produção industrial, preço de mão de obra, preço de água, energia, a quilometragem rodada, o preço do combustível. Muitas vezes o produto que é produzido no campo, a caixa dele é barata, mas o transporte vai encarecer pela distância que vai percorrer”.
LOC.: O presidente da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, deputado Arnaldo Jardim, do Cidadania de São Paulo, é contra as mudanças propostas pela medida provisória.
TEC./SONORA: Arnaldo Jardim, Deputado federal (Cidadania-SP)
“Basicamente, será um custo adicional para o transportador e o transportador vai repassar isso na cadeia de custo, portanto, vai sobrar para o consumidor. Esse seguro proposto, no nosso entender, é só mais um custo adicional sem nenhum efeito prático. Além de dificultar para o autônomo, força uma pressão em cima de grandes empresas que detêm boa parte do transporte e podem, com isso, passar a ser quase que monopolistas. Essas empresas vão se concentrar ainda mais e tirar esse aspecto concorrencial também, que é muito importante”.
LOC.: A medida provisória aguarda análise do Senado Federal e deve ser deliberada até o dia 1º de junho.
Reportagem, Landara Lima.