LOC.: Mais da metade das receitas da Agência Nacional de Mineração, a ANM, previstas no orçamento ficaram sem uso nos últimos 5 anos. Criada em 2017, a agência é responsável por regular, incentivar e fiscalizar a mineração brasileira, que envolve, por exemplo, o uso de barragens e a exploração de garimpos.
O deputado federal Joaquim Passarinho, do PL do Pará, participa da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável. Para ele, é fundamental recompor o orçamento da ANM e garantir o uso dos recursos arrecadados pela Compensação Financeira pela Exploração Mineral, a CFEM.
TEC./SONORA: deputado federal Joaquim Passarinho (PL-PA)
"Esses recursos estão garantidos no orçamento e a Agência Nacional de Mineração precisa ter essa sua reestruturação para que a gente possa, nesse investimento, fazer com que a agência possa contribuir para o Brasil arrecadando, inclusive, muito mais. Vamos lembrar que a mineração deixa muitos recursos e precisa ser fiscalizada e cobrada".
LOC.: No fim do ano passado, o orçamento da ANM sofreu outro revés. Ao sancionar uma medida provisória, o ex-presidente Jair Bolsonaro vetou o repasse de R$ 74 milhões à agência para contratação de funcionários e equiparação salarial às demais agências reguladoras.
Segundo o deputado Joaquim Passarinho, os parlamentares que representam o setor no Congresso Nacional estão se articulando junto ao atual governo para derrubar os vetos.
O presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil, José Aparecido Fernando de Oliveira, diz que os vetos prejudicam a ANM.
TEC./SONORA: José Aparecido Fernando de Oliveira, presidente da AMIG
"A gente luta pela derrubada do veto e a reestruturação da agência, equiparação salarial, abertura de concurso, dotar a agência de condições mínimas para poder cumprir o seu papel".
LOC.: A discussão dos vetos será feita em sessão conjunta da Câmara e do Senado. Para rejeição deles, são necessários, pelo menos, 257 votos de deputados e 41 votos de senadores.
Reportagem, Felipe Moura.