LOC.: A implementação do Documento Eletrônico de Transporte ainda não foi concluída. O chamado DT-e deve substituir aproximadamente 80 documentos necessários para emissão em uma viagem de origem e destino. A implementação do documento visa reduzir o tempo de percurso e dos custos do frete praticados no Brasil, independentemente do meio de transporte. Segundo o assessor técnico da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, Lauro Valdivia, a medida precisa ser adotada para, de fato, o setor sentir os efeitos da desburocratização.
TEC./SONORA: Lauro Valdivia, assessor técnico da NTC
“Se ele conseguir agregar, pelo menos, uma boa parte dos documentos exigidos, ele será útil e vai conseguir reduzir custos. A proposta é que seja um documento único, mas, nesse primeiro momento, é apenas mais um documento. Dependendo do segmento dentro do setor, há um exagero de documentos. No caso de produtos químicos e farmacêuticos a burocracia é enorme.”
LOC.: O deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), que foi relator da MP 1051/2021 na Câmara dos Deputados, entende que a iniciativa vai promover a segurança das operações em todos os modos de transporte.
TEC./SONORA: Jerônimo Goergen, deputado federal (PP-RS)
“Estamos falando de desburocratização, de agilidade, especialmente para o caminhoneiro autônomo, mas com benefícios para o transporte em geral. A ideia é reduzir custos e reduzir perda de tempo. Por isso se trata de um marco, de uma mudança de paradigma para o transporte no Brasil.”
LOC.: De acordo com o Ministério da Infraestrutura, um decreto para regulamentação da medida já está sendo elaborado. Na sequência, serão publicadas portarias com o cronograma de implementação. A ideia é começar por tipo de carga, com início por granel vegetal.
Reportagem, Marquezan Araújo