Data de publicação: 12 de Fevereiro de 2023, 14:16h
LOC.: O Ministério da Saúde recomenda que crianças de 3 e 4 anos de idade tomem uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19. Em nota técnica, a Pasta orienta a utilização do imunizante da Pfizer para reforçar a proteção desta faixa etária contra a doença. No entanto, nos casos de indisponibilidade da vacina da Pfizer, a CoronaVac pode ser utilizada novamente. Mesmo quem perdeu o prazo recomendado, deve procurar um posto de vacinação
O reforço é recomendado às crianças que completaram o esquema vacinal primário, isto é, receberam a primeira e a segunda dose da vacina CoronaVac. Em janeiro, a recomendação foi voltada para crianças entre 5 e 11 anos. O infectologista do Hospital das Forças Armadas (HFA), Hemerson Luz, explica que o vírus precisa encontrar “brechas” para continuar se desenvolvendo, o que acontece em grupos que não foram devidamente imunizados.
TÉC./SONORA: Hemerson Luz, infectologista
“O objetivo do reforço da vacina contra a covid-19 em crianças é protegê-las contra os casos mais graves e óbitos. A maior parte das crianças internadas com síndrome respiratória aguda grave tem origem na covid-19. Estudos indicam que a vacina de reforço aumenta os níveis de anticorpos neutralizantes aumentando a eficácia e as defesas contra a doença.”
LOC.: A nota técnica do Ministério destaca que a vacinação com doses de reforço evita infecções graves pela doença, hospitalizações, síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e óbitos, além de complicações e condições pós Covid-19. O órgão afirma que os quadros de Covid-19 em crianças e adolescentes costumam ser mais leves que em adultos. Entretanto, isso não significa que essa faixa etária esteja isenta de apresentar formas graves e letais da doença. Hemerson Luz ressalta a importância da vacinação.
TÉC./SONORA: Hemerson Luz, infectologista
“Vivemos um momento de esfriamento da pandemia, porém ela não acabou. A vacina vai conter o surgimento de casos mais graves, diminuir a disseminação e proteger as pessoas que pertencem ao grupo de risco.”
LOC.: Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), até janeiro de 2023, apenas cerca de 39% da população infantil de 3 a 11 anos finalizaram o esquema vacinal no país. Sueli Souza, técnica em enfermagem e mãe do Davi, de 5 anos, defende a vacinação e afirma que o pequeno vai tomar a dose de reforço.
TÉC./SONORA: Sueli Souza, técnica em enfermagem e mãe do Davi, de 5 anos
“Eu acho muito importante a vacinação contra a Covid porque ela reduz a transmissão da Covid, reduz os casos da doença. Eu vacinei com a primeira e segunda dose, ele não teve nenhuma reação. E eu acho importante. Irei vaciná-lo porque acho muito importante vacinar nossos filhos.”
LOC.: De acordo com o Ministério da Saúde, 850 óbitos de SRAG foram registrados em 2022 nesta parcela da população. Desde fevereiro de 2020, quando o primeiro caso foi identificado no país, até o final de 2022, mais de 56 mil crianças e adolescentes foram hospitalizados com Covid-19. Mais de 3,5 mil óbitos de SRAG por covid-19 nesta faixa etária foram registrados.
Reportagem, Fernando Alves