LOC.: Os deputados federais vão analisar um projeto de lei que suspende a inscrição de dívidas de microempreendedores individuais (MEI), micro e pequenas empresas no Cadin até seis meses após o fim da pandemia da Covid-19. A proposta já foi aprovada no Senado.
O Cadin (Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal) é o local onde os nomes de pessoas e empresas com débitos junto aos órgãos federais são registrados. O senador Wellington Fagundes (PL/MT), autor da proposta, espera que a Câmara dos Deputados também aprove o projeto.
TEC./SONORA: senador Wellington Fagundes (PL/MT)
“As microempresas e empresas de pequeno porte estão entre as mais afetadas pelos efeitos da pandemia da Covid-19. Por motivos alheios à sua vontade, esses empresários deixaram de operar suas atividades econômicas, de perceber as suas receitas e, consequentemente, não conseguem arcar com os pagamentos dos tributos federais. Seria uma injustiça deixar essas empresas ficarem negativadas.”
LOC.: Cerca de oito a cada dez dos empresários donos de pequenos negócios dizem que o faturamento caiu desde o início da pandemia, segundo o Sebrae. Com isso, as empresas têm menos capacidade para pagar os impostos. A inscrição no Cadin, na prática, significa ficar com o nome sujo, o que dificulta o acesso ao crédito em meio à crise econômica.
O economista Newton Marques afirma que a aprovação do texto na Câmara pode dar fôlego aos pequenos negócios.
TEC./SONORA: Newton Marques, economista
“Muitas micro e pequenas empresas não estão conseguindo pagar suas dívidas, principalmente junto ao Estado. Então, caso seja aprovado, este projeto legislativo será bem-vindo, porque dará uma flexibilização para o micro e pequeno empresário não ter a preocupação de participar de qualquer acesso a crédito, licitações, por conta de estar inscrito no Cadin. Isso é como se fosse um perdão enquanto durasse a pandemia.”
LOC.: Se a Câmara aprovar o PL sem alterações, a matéria seguirá para sanção da Presidência da República.
Reportagem, Felipe Moura.