LOC: A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (25), o projeto que cria uma transição gradual de 10 anos para quedas de coeficiente no FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Esta e outras reivindicações da Federação Nacional dos Municípios (CNM), atendidas por autoridades do governo - como a prorrogação do prazo para gestores públicos se adequarem à nova Lei de Licitações - aumentam a esperança de que a reforma tributária e o pacto federativo avancem em 2023.
Na opinião do prefeito de Tuparendi (RS), Leonel Petry, a aprovação de uma reforma - com um pacto federativo justo - é o maior sonho dos prefeitos. Segundo ele, os gestores municipais gostariam que o governo olhasse para as prefeituras de uma maneira diferente, porque é lá nos municípios que as coisas acontecem.
O projeto aprovado pela Câmara - prevendo a transição gradual para quedas do FPM - é uma das reivindicações apresentadas ao governo pela CNM no final da "Marcha dos Prefeitos", em março deste ano. A proposta também prevê que o Censo 2022 tenha impacto imediato no Fundo, assim que o levantamento for divulgado.
De acordo com Leonel Petry, a união dos prefeitos é fundamental para sensibilizar o governo. Apesar de nem todos ficarem satisfeitos com as decisões tomadas, o prefeito gaúcho destacou o esforço da entidade no sentido de tentar resolver os problemas enfrentados pelos municípios.
SONORA: Leonel Petry, prefeito de Tuparendi (RS)
“A CNM é um órgão que nos assessora e graças a ela nós conseguimos avançar em muitos e muitos pontos, e o pacto federativo que é o nosso grande sonho, na verdade, que a gente vem debatendo, debatendo, mas se nós não estarmos todos os prefeitos unidos – é isso. E nós esperamos que o governo se sensibilize e que de fato ocorra a reforma tributária.”
LOC: O projeto que cria um período de transição para a queda de coeficiente no FPM tem o objetivo de evitar mudanças bruscas nos repasses do Fundo, em razão da contagem populacional por meio do Censo. A medida foi aprovada pela Câmara e agora será analisada pelo Senado Federal. Segundo a proposta, sempre que forem atualizados os dados pelo IBGE, os municípios terão um prazo até, de fato, migrarem para a faixa mais baixa do coeficiente.
Reportagem: José Roberto Azambuja