Carteira de trabalho. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Carteira de trabalho. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Brasil cria quase 203 mil novos empregos em julho; Serviços e Indústria puxam resultado

Os dados são do Caged. Ao todo, o país registrou 1.886.537 admissões e 1.667.635 demissões

SalvarSalvar imagemTextoTexto para rádio

ÚLTIMAS SOBRE ECONOMIA


O Brasil criou 202.902 empregos com carteira assinada em julho, conforme consta no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (29). O resultado é a diferença entre 1.886.537 admissões e 1.667.635 demissões. O setor de serviços foi o que mais contratou, seguido pela indústria.

Empregos por setor

  • Serviços (81.873)
  • Indústria (50.503)
  • Construção (32.082)
  • Comércio (38.574)
  • Agropecuária (15.870)

“Quero salientar que o crescimento do emprego ocorreu nas 27 Unidades da Federação, encabeçadas por São Paulo. Tivemos um crescimento nos cinco segmentos da economia. Também é o segundo mês consecutivo que o salário real de admissões cresce. Nós atribuímos a isso a queda da inflação, a participação da indústria e a queda no desemprego”, explica o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira.

Apesar do saldo positivo, o resultado representa uma queda na comparação com junho de 2022, quando foram abertas 277.944 vagas. Na comparação com julho do ano passado também houve recuo, quando o saldo foi de 306.477 contratações. 
Apesar disso, o salário médio de contrações aumentou. No mês passado, o novo contratado recebeu, em média, R$ 1.926,54. Ou seja, uma elevação de 0,80% na comparação com o mês anterior. 

Indústria geral

O desempenho da empregabilidade na indústria foi positivo: o setor foi o segundo com o maior número de contrações. O saldo foi de 50.503 admissões. Na avaliação de técnicos do governo, desde junho, a indústria se destaca nas contratações. Os meses de agosto, setembro, outubro e novembro deverão apresentar saldo positivo de aproximadamente 200 mil postos de trabalho.

“Quem não inova fica para trás", diz diretor executivo da Abimaq ao destacar importância de novas tecnologias na indústria

Pesquisa: 56% dos brasileiros acreditam em melhoria das finanças pessoais até o fim do ano

O resultado pode, inclusive, contribuir para o aumento da média salarial, uma vez que os profissionais do setor costumam ter maior qualificação. É o caso do mineiro de Belo Horizonte Dalison Silva, de 37 anos, que buscou formação como técnico de refrigeração e climatização. 

“Graças a essa certificação, trilhei meu caminho profissional. Atualmente, estou me preparando para internacionalizar minha empresa. Darei continuidade à minha carreira profissional, aplicando meus conhecimentos adquiridos pelo SENAI e ao longo dos 19 anos de carreira profissional atuantes no Brasil, expandindo ao mercado americano”, relata.  

De acordo com o Mapa do Trabalho Industrial, compilado pelo Observatório Nacional da Indústria, o setor vai demandar ainda 9,6 milhões de trabalhadores qualificados em ocupações industriais até 2025.

As áreas com maior demanda por formação são: transversais; metalmecânica; construção; logística e transporte; e alimentos e bebidas. 

Formação inicial

  • Transversais (411.149) 
  • Construção (346.145) 
  • Metalmecânica (231.619) 
  • Logística e Transporte (194.898) 
  • Alimentos e Bebidas (181.117) 
  • Têxtil e Vestuário (137.996) 
  • Automotiva (92.004) 
  • Tecnologia da Informação (76.656) 
  • Eletroeletrônica (55.747) 
  • Couro e calçados (48.868) 

Formação continuada 

  • Transversais (1.393.283) 
  • Metalmecânica (1.300.675) 
  • Logística e Transporte (1.095.765) 
  • Construção (780.504)  
  • Alimentos e Bebidas (583.685) 
  • Têxtil e vestuário (509.354) 
  • Tecnologia da Informação (397.836) 
  • Eletroeletrônica (248.790) 
  • Gestão (226.176) 
  • Automotiva (208.317)  
     

Receba nossos conteúdos em primeira mão.