LOC.: O Brasil registrou, em 2021, uma das mais baixas coberturas da vacina BCG em bebês de 0 a 1 ano: 79,5%. Desde 2016, todas as coberturas vacinais estão abaixo da meta. Apenas em 2011, o país registrou o número de 100% de imunizados entre crianças de até quatro anos.
A Professora titular da área imunologia e coordenadora da rede Goiana de Pesquisa em Tuberculose Ana Paula Junqueira Kipnis explica a importância da vacinação entre o público-alvo, sendo crianças de 0 a 1 ano de idade.
TEC/SONORA: Ana Paula Junqueira Kipnis, Professora titular da área imunologia e coordenadora da rede Goiana de Pesquisa em Tuberculose
“O tutor, pais ou responsáveis não levam as crianças para vacinar com a BCG, o que acontece? Acontece uma menor resposta para outras vacinas. As crianças estão expostas ao ‘’Mycobacterium tuberculosis”, que é transmitido pelo ar, além de serem mais suscetíveis a infecção com tuberculoses que os adultos.”
LOC.: Além disso, a professora afirma que a vacina BCG protege contra a tuberculose e ainda eleva as taxas de proteção contra várias outras doenças imunopreveníveis, como poliomielite, tétano, coqueluche, influenza e sarampo.
TEC/SONORA: Ana Paula Junqueira Kipnis, Professora titular da área imunologia e coordenadora da rede Goiana de Pesquisa em Tuberculose
“Além disso, não vacinar com a BCG, você perde a oportunidade de ter uma resposta melhorada a outras vacinas. A idade recomendada é de até três meses de idade, mas se você não vacinou a criança e a criança está com qualquer idade, é melhor levar a criança e atualizar o calendário de vacinação. É uma dose única de vacina, e é melhor ter tomado a vacina do que não ter tomado.”
LOC.: A recomendação do Ministério da Saúde é que a vacina BCG seja administrada em recém-nascidos, podendo ser ofertada para crianças de até 4 anos de idade, não vacinadas anteriormente. Além disso, o estímulo à imunização voltou ao pilar das ações prioritárias de gestão da pasta. As metas do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública são: alcançar redução de 90% do coeficiente de incidência da tuberculose e redução de 95% no número de mortes pela doença no país, até 2035.
Reportagem, Daniela Gomes