SOBE SOM –TRILHA ABERTURA
LOC: Olá, sejam bem-vindos ao Entrevistado da Semana. Eu sou Jalila Arabi e comigo está a assessora no Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Mayara Yano.
Mayara, muito obrigada por nos receber.
TÉC./SONORA: Mayara Yano, assessora no Banco Central
“Eu que agradeço, Jalila, é uma excelente oportunidade estar aqui e levar informações sobre o Pix para toda audiência.”
LOC.: Para começar, explica pra gente o que é o Pix?
TÉC./SONORA: Mayara Yano, assessora no Banco Central
“O Pix é um novo jeito de fazer pagamento e transferências, um meio de pagamento criado pelo Banco Central, em conjunto com a indústria com muito diálogo e interação, e veio para facilitar a vida dos nossos pagamentos do dia a dia. É um meio de pagamento totalmente digital e instantâneo, o dinheiro vai de uma conta a outra em poucos segundos. Ele é totalmente disponível, então você pode fazer os pagamentos e transferências inclusive nos finais de semana, de madrugada, é muito prático. Você acessa sua conta pelo aplicativo do aparelho celular e já tem ali a opção para fazer o pagamento ou receber com o Pix. Ele é seguro e aberto, ou seja, totalmente democrático e acessível. Você pode transferir e ele conecta praticamente todas as contas, independentemente das instituições.”
LOC.: E como o Pix funciona de fato? Ele vai se tornar obrigatório em algum momento?
TÉC./SONORA: Mayara Yano, assessora no Banco Central
“O Pix é mais uma opção disponível, quem escolhe se vai utilizá-lo como um meio de pagamento é quem realiza a transação. Vai poder usar o cartão, boleto, TED, DOC ou o Pix, ele vem para agregar, para somar como mais uma opção. Na prática, como funciona: você acessa sua própria conta, a que você já tem, seja num banco ou numa fintech. Essa conta pode ser tanto corrente, poupança ou de pagamento pré-pago, você acessa no próprio menu do aplicativo do celular ou pelo internet banking e já tem a opção Pix. Dentro disso vai ter a opção de pagar com Pix, que você pode pagar a partir da leitura de um QR code ou usando a chave, que nada mais é que uma forma muito simples de identificar a conta de quem vai receber.”
LOC.: E qual a diferença do Pix para operações já existentes como TED e DOC?
TÉC./SONORA: Mayara Yano, assessora no Banco Central
“Tanto a TED quanto o DOC você fica limitado a dias úteis, ao horário bancário para realizar essa operação. Com o Pix não, você pode fazer o pagamento a qualquer hora ou dia, não importa se é dia útil ou não. A segunda questão é que TED e DOC levam um tempo para o recurso de fato estar disponível para o recebedor. Então isso pode ser um dia, dependendo dá uma hora com a TED, mas dependendo do horário que você faz a transação pode chegar no outro dia ou só na segunda-feira, por exemplo. Com o Pix, esse dinheiro vai de uma conta à outra em até dez segundos, ele é muito rápido. E para as pessoas físicas, fazer um pagamento, uma transferência com o Pix é gratuito. E pela TED e pelo DOC a maioria das instituições cobra uma taxa alta para fazer essa operação.”
LOC.: E como funciona a chave?
TÉC./SONORA: Mayara Yano, assessora no Banco Central
“O primeiro ponto é que ela não é obrigatória, não é necessário você ter o cadastro dessa chave para poder usar o Pix. Ela é uma forma mais simples de identificar a sua conta. Então, quando você quiser receber um pagamento ou transferência, por exemplo, em vez de passar nome do banco, agência, conta, CPF, você simplesmente passa a sua chave Pix cadastrada e essa transação ocorre de forma muito mais fácil.”
LOC.: Mayara, de acordo com o próprio Banco Central, mais de 2,3 mil municípios não têm agências bancárias. Como os moradores dessas localidades podem fazer? Eles podem usar o Pix?
TÉC./SONORA: Mayara Yano, assessora no Banco Central
“Não só podem como devem, porque o Pix veio justamente para facilitar a vida dessas pessoas. Hoje em dia, ainda há muitas transações que usam dinheiro em espécie e os municípios sem agência têm essa dificuldade, porque as pessoas recebem dinheiro e têm que se dirigir para outros municípios para fazer o depósito ou para sacar etc. Com o Pix, essas transações passam a ser eletrônicas e é um meio totalmente seguro. Essa pessoa, tendo acesso à internet, à conta pelo internet banking ou pelo aplicativo do celular, consegue fazer os pagamentos, transferências, compras, pagar prestação de serviços sem a necessidade de se locomover até uma agência bancária para realizar essas operações.”
LOC.: Mayara, muito obrigada pelos esclarecimentos sobre o Pix.
TÉC./SONORA: Mayara Yano, assessora no Banco Central
“Eu que agradeço. A partir de 16 de novembro, atualizem os aplicativos e experimentem essa nova opção que chega para todo mundo.”
LOC: Nós conversamos com a assessora no Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Mayara Yano. O Entrevistado da Semana fica por aqui. Obrigada pela sua audiência e até a próxima. Tchau!
SOBE SOM – Trilha Encerramento