Foto: Marcos Corrêa/PR
Foto: Marcos Corrêa/PR

Governo Bolsonaro completa 600 dias com o desafio de minimizar impactos da pandemia

Palácio do Planalto aposta na prorrogação do auxílio emergencial para alavancar a popularidade do presidente


O governo de Jair Bolsonaro completou 600 dias de gestão. Para celebrar a data, o Palácio do Planalto elencou uma série de ações realizadas ao longo desses quase dois anos do mandato, a maior parte relacionada ao enfrentamento à Covid-19. Nesse período, o carro-chefe do governo federal foi a concessão do auxílio emergencial de R$ 600. 

Pesquisa publicada pelo Instituto Datafolha, na última semana, constatou que a aprovação de Bolsonaro alcançou o melhor patamar desde o começo do seu mandato, subindo dos 32%, verificados na segunda quinzena de julho, para 37%. O levantamento também concluiu que a reprovação do governo caiu de 44% para 34% no mesmo período.

Analistas atribuem o resultado favorável principalmente ao pagamento do auxílio emergencial que, segundo o governo federal, alcançou 66,5 milhões de brasileiros. Diante disso, o presidente já confirmou a prorrogação do benefício por mais dois meses, com o valor ainda a ser discutido. Em vídeo publicado nas redes sociais, Bolsonaro ressaltou a importância do auxílio e defendeu a reabertura do comércio em todo o país. 

“Esse valor pode não ser muito para quem o recebe, mas é muito para o Brasil, que gasta por mês R$ 50 bilhões. O momento é de abrir o comércio com responsabilidade, voltar à normalidade e resgatar os empregos”, disse. 

Nesta terça-feira (25), o governo deve anunciar a criação do programa Renda Brasil, que vai substituir o Bolsa Família. O novo programa prevê a elevação do benefício da média atual, que é de R$ 190 por mês para R$ 247.  Para o cientista político Nauê Ribeiro, o governo federal vem trabalhando cada vez mais no aprimoramento de programas sociais, principalmente porque tem percebido que esse tipo de iniciativa possibilitou a ascensão de sua popularidade. 

“Parece que houve uma percepção da área política do governo de que os programas sociais são uma fonte de popularidade e fazem com que as pessoas consigam não apenas sair da fome e da miséria, mas também aumenta a aprovação do presidente”, explica.

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Economia

Em maio, a Caixa Econômica Federal criou o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), linha de crédito que tem como objetivo garantir recursos a pequenos negócios e a manutenção dos empregos. O programa está disponível para as microempresas com receita anual de até R$ 360 mil e para microempreendedores que movimentam até R$ 81 mil. Além disso, também foram contempladas empresas de pequeno porte que faturam por ano até R$ 4,8 milhões. 

No final de junho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que a concessão de crédito a empresários por parte do governo federal foi insuficiente. Na última semana, foi publicada uma portaria que prorrogou o Pronampe por mais três meses. 

Saúde

Em resposta à pandemia da Covid-19, que já chegou no sexto mês, o governo federal afirma que habilitou cerca de 12 mil leitos de UTI e distribuiu mais de 241 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Ao todo, o Palácio do Planalto alega que investiu R$ 41,7 bilhões no enfrentamento à doença. 

Previdência

O governo Bolsonaro também se articulou para aprovar a Reforma da Previdência em outubro de 2019, no Congresso Nacional, após quase nove meses de tramitação. Entre outros pontos, a reforma estabeleceu uma idade mínima para que for se aposentar e pôs fim à aposentadoria baseada apenas no tempo de contribuição. O governo federal estima que a reforma possibilitará uma economia de R$ 855,7 bilhões aos cofres públicos nos próximos 10 anos. 

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LOC.: O governo de Jair Bolsonaro completou 600 dias de gestão. Para celebrar a data, o Palácio do Planalto elencou uma série de ações realizadas ao longo desses quase dois anos de mandato, a maior parte relacionada ao enfrentamento à Covid-19. Desde que assumiu o poder, esse tem sido o maior desafio do presidente. Durante a crise econômica causada pela doença, o governo tem destacado que a concessão do auxílio emergencial de R$ 600 tem possibilitado que os brasileiros consigam atravessar a pandemia sem maiores transtornos. Mais de 66 milhões de pessoas foram contempladas com o benefício. 

Pesquisa publicada pelo Instituto Datafolha, na última semana, constatou que a aprovação de Bolsonaro alcançou o melhor patamar desde o começo do seu mandato, subindo dos 32% verificados na segunda quinzena de julho para 37%. Além disso, o levantamento concluiu que a reprovação do governo caiu de 44% para 34% no mesmo período.

Analistas atribuem o resultado favorável principalmente ao pagamento do auxílio emergencial. Diante disso, o presidente já confirmou a prorrogação do benefício por mais dois meses, com o valor ainda a ser discutido. Em vídeo publicado nas redes sociais, Bolsonaro ressaltou a importância do benefício e defendeu a reabertura do comércio em todo o país. 
 

“Esse valor pode não ser muito para quem o recebe, mas é muito para o Brasil, que gasta por mês R$ 50 bilhões. O momento é de abrir o comércio com responsabilidade, voltar à normalidade e resgatar os empregos.”


LOC.: Nesta terça-feira (25), o governo deve anunciar a criação do programa Renda Brasil, que vai substituir o Bolsa Família. O novo programa prevê a elevação do benefício da média atual de R$ 190 mensais para R$ 247.  Para o cientista político Nauê Ribeiro, o governo federal vem trabalhando cada vez mais na melhoria de programas sociais, principalmente porque tem percebido que esse tipo de ação possibilitou o crescimento de sua popularidade. 

“Parece que houve uma percepção da área política do governo de que os programas sociais são uma fonte de popularidade e fazem com que as pessoas consigam não apenas sair da fome e da miséria, mas também [foi verificado] que isso aumenta a aprovação do presidente.”


LOC.: Para ajudar empresários, em maio, foi criado pela Caixa Econômica Federal o Pronampe, linha de crédito que tem como objetivo garantir recursos a pequenos negócios e a manutenção dos empregos. Diante do prosseguimento da crise econômica e do aumento da demanda por crédito, o governo anunciou na última semana a prorrogação do programa por mais três meses. 

Em resposta à pandemia da Covid-19, que já chegou no sexto mês, o governo federal afirma que habilitou cerca de 12 mil leitos de UTI e distribuiu mais de 241 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Ao todo, o Palácio do Planalto alega que investiu quase R$ 42 bilhões no enfrentamento à doença. 

Reportagem, Paulo Oliveira