LOC.: Olá! Seja bem-vindo ao “Entrevistado da Semana” do portal Brasil 61.com. Eu sou Janary Damacena e nesta edição vamos falar sobre eleições municipais e os impactos do pleito na vida das cidades. Quem debate o assunto conosco é o cientista político Newton Marques.
Senhor Newton Marques, muito obrigado por nos receber.
TEC./SONORA: Newton Marques, cientista político.
“Eu que agradeço a oportunidade de estar conversando com vocês.”
LOC.: Na sua avaliação, qual o saldo das eleições deste ano para os municípios? Já é possível fazermos uma análise das mudanças significativas na administração das cidades?
TEC./SONORA: Newton Marques, cientista político.
“Podemos fazer algumas considerações: a de que os candidatos ao Governo Federal foram os maiores perdedores, assim como os outros partidos que já governaram o Brasil como o PT e o PSDB. Quem ganhou foi o chamado “Centrão”, pois os partidos que se mantiveram mais ao centro foram os que conseguiram sucesso na maior parte dos municípios.”
LOC.: A pandemia da Covid-19 interferiu nos resultados das urnas?
TEC./SONORA: Newton Marques, cientista político.
“Tudo o que nós vivemos nesse ano refletiu diretamente nas urnas, principalmente como as figuras políticas se comportaram diante da pandemia, a atuação do Congresso Nacional, como a economia foi gerida. Tudo isso acaba batendo nas eleições locais, nos municípios.”
LOC.: O TSE aponta que tivemos um número alto de pessoas que deixaram de votar, principalmente no primeiro turno do pleito. Os eleitores estão desinteressados ou a pandemia pode ter influenciado as abstenções?
TEC./SONORA: Newton Marques, cientista político.
“Pelo número de votos em branco e nulo, nós podemos fazer uma análise de que o eleitorado não concordou com os candidatos, pois geralmente o brasileiro tem boa participação nas votações. Acho que a Covid-19 foi importante para abstenção com esse baixo número de comparecimento, a doença assustou os eleitores.”
LOC.: O número de mulheres eleitas para o cargo de prefeita foi pequeno em comparação a quantidade de candidaturas femininas registradas em todo País. O Sr. acredita que a discriminação de gênero ainda contribuiu para esse cenário ou não? Ou seja, a presença masculina nas cadeiras de prefeito é escolha política do eleitor, apenas?
TEC./SONORA: Newton Marques, cientista político.
“Apesar de ainda termos baixo número de mulheres e outros grupos sociais nos mandatos, a representatividade nas eleições está indo bem. Tivemos candidatos eleitos com bandeiras contra as discriminações raciais, de gênero e a favor da homoafetividade. Eleição é isso, não é fácil como algumas pessoas podem achar, principalmente nas capitais do País.”
LOC.: O Sr. acredita na eficácia do nosso sistema de votação? É a favor do retorno do voto impresso?
TEC./SONORA: Newton Marques, Cientista Político.
“A urna eletrônica veio para ficar e não retornaremos ao voto pela cédula de papel. A tecnologia tem ajudado muito nos processos eleitorais e é possível manter uma supervisão e diversos cuidados para que se possa evitar as fraudes. Só que isso não é motivo suficiente para desacreditar nas urnas eletrônicas.”
LOC.: Nós conversamos com o cientista político Newton Marques. Newton, obrigado pela participação! O Entrevistado da Semana, do portal Brasil61.com fica por aqui. Curta nossas páginas, comente e nos siga nas redes sociais. Até a próxima!