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Data de publicação: 08 de Abril de 2022, 03:15h, atualizado em 08 de Abril de 2022, 07:58h
LOC.: A indústria de transformação do estado de São Paulo teve saldo positivo de 20.435 vagas de emprego com carteira assinada em janeiro. O setor ficou atrás apenas do de serviços entre aqueles que mais geraram novas oportunidades de trabalho no estado. Mas, se somadas as contratações da construção, a indústria sobe para o primeiro lugar Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged.
O desempenho do setor no estado reflete a performance da indústria no nível nacional. Segundo a Confederação Nacional da Indústria, a CNI, o emprego cresce desde novembro, assim como o faturamento real dessas empresas. Apesar do bom resultado nesses indicadores, o economista Benito Salomão destaca que é preciso esperar mais para ver se a retomada da atividade industrial é sustentável.
TEC./SONORA: Benito Salomão, economista
“Eu acho que ainda é cedo para falar em uma recuperação da indústria, porque você está utilizando só dois indicadores: faturamento, que cresceu, e emprego, que cresceu, mas levemente, uma alta de 0,1%, praticamente uma estabilidade. Se você olhar as horas trabalhadas, esse indicador está estável. Se você olhar a produção, a produção está em queda”.
LOC.: Mesmo com a retomada do emprego e do faturamento de modo mais consistente nos últimos meses, a indústria viu a Utilização da Capacidade Instalada, a UCI, aumentar desde junho do ano passado. Segunda a deputada federal Adriana Ventura, do partido Novo de São Paulo, a explicação por trás da maior ociosidade do setor mesmo em meio à retomada econômica tem origem em um processo mais antigo.
TEC./SONORA: Adriana Ventura, (Novo/SP), deputada federal
“A gente está passando por um processo de desindustrialização há muito tempo, até por conta desse Custo Brasil. Então, existe uma capacidade ociosa que nós precisamos ocupar”.
LOC.: Segundo a CNI, a UCI caiu 0,3% entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, e chegou a 79,1%. Em junho do ano passado, a UCI alcançou 83,3%, o ponto mais alto desde 2014. Na prática, significa que há mais máquinas e equipamentos parados do que havia em junho de 2021.
Reportagem, Felipe Moura