Data de publicação: 19 de Setembro de 2022, 20:40h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:35h
O mercado aumentou de 2,39% para 2,65% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2022. É o que mostra o Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, nesta segunda-feira (19). Esta foi a 12ª semana consecutiva em que as instituições financeiras reviram para cima a projeção de estimativa de expansão da economia do país para este ano.
Há quatro semanas, o mercado apostava que a economia brasileira cresceria 2,02% em 2022. A atualização vem quatro dias após a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia elevar de 2% para 2,7% a sua estimativa de alta do PIB.
Para Carlos Eduardo de Freitas, ex-diretor do Banco Central, o otimismo crescente quanto ao futuro imediato da economia brasileira tem várias explicações. “Se você olhar a economia, a conjuntura não está ruim, não. O estado fiscal é muito bom. A relação dívida/PIB está se aproximando de uma situação bem mais tranquila. A subida da taxa de juros fez efeito sobre a inflação, que está caindo. E há uma grande capacidade ociosa e bastante mão de obra empregada, ou seja, há um espaço para a economia crescer”, avalia.
Em relação ao PIB de 2023, as instituições que compõem o Relatório Focus mantiveram a projeção da semana passada: alta de 0,5%.“Para o ano que vem, as expectativas são boas, porque a nova administração, seja da oposição ou a atual, vai encontrar uma situação fiscal em que a dificuldade vai ser só manter o que já foi feito por esse governo. Eu acho que tem espaço para o próprio governo aumentar o investimento público em infraestrutura”, acredita Carlos Eduardo.
Inflação e taxa de juros
Já em relação à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o mês de agosto em 8,73%, o mercado revisou-o para baixo. A expectativa é de que a inflação feche o ano em torno de 6%. Foi a 12ª atualização, para baixo, seguida da inflação para 2022. Para o ano que vem, a projeção continua em 5,2%.
O mercado também acredita que a Selic, a taxa básica de juros da economia, vai fechar o ano em 13,75%, mesmo patamar atual. Para o ano que vem, a estimativa é de que o Bacen derrube a Selic em 2,5%, atingindo os 11,25%.
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