LOC.: O Tribunal de Contas da União, o TCU, confirmou cálculo do Ministério da Fazenda que aponta que a alíquota padrão do Imposto sobre Valor Agregado após a reforma tributária deve ficar entre 20,73% e 27%. O IVA vai substituir IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS, caso a reforma em discussão no Senado seja aprovada. O relatório do TCU foi entregue ao relator da reforma na Casa, o senador Eduardo Braga, na quinta-feira (28).
O senador Efraim Filho, do União da Paraíba, é um dos entusiastas da simplificação do atual modelo tributário. Mas ele diz que o texto da reforma precisa garantir que não haverá aumento de carga tributária.
TEC./SONORA: senador Efraim Filho (União-PB)
"Nós temos avaliado as medidas que são positivas. Queremos um modelo mais simples, menos burocrático, que valorize quem produz e vamos continuar trabalhando para que quem produz, principalmente o setor de serviços, possa ter uma carga tributária neutra referente à realidade atual. Queremos que não haja um aumento de imposto, é por isso que a gente está brigando."
LOC.: Doutor em direito e professor da Fundação Getulio Vargas, Gabriel Quintanilha explica que a discussão em torno da alíquota passa pelo que o país entende como mais importante: menos impostos para todos os setores ou proteção a alguns e impacto maior para para outros.
TEC./SONORA: Gabriel Quintanilha, professor da FGV
"Claro, toda vez que há um benefício, haverá também um aumento da alíquota final porque alguém vai ter que pagar a conta desse benefício."
LOC.: Segundo o Ministério da Fazenda, o patamar de referência do novo imposto sobre consumo, ou seja, que vai incidir sobre a maioria dos produtos e serviços, vai depender de alguns fatores. Entre eles, a quantidade de produtos e serviços que não vão pagar ou vão pagar menos imposto do que os demais.
Reportagem, Felipe Moura.