Créditos: Ministério da Saúde
Créditos: Ministério da Saúde

Quantidade de casos de hanseníase em Roraima cai ao longo dos últimos anos

Em 2017, segundo a Secretaria Estadual de Roraima, foram registrados 133 casos novos da doença. No ano passado, caiu para 107. Neste ano, são 46 casos novos até o momento.

SalvarSalvar imagemTextoTexto para rádio

Informação e conscientização a busca do tratamento completo. Essas são algumas das principais armas da Secretaria de Saúde de Roraima para trabalhar com relação a hanseníase. Com o objetivo de quebrar o preconceito que insiste em acompanhar os pacientes, as autoridades de saúde locais orientam os municípios a fazerem palestras e outras ações informativas para a população. 

Além disso, as prefeituras atuam em conjunto com o Núcleo de Controle de Hanseníase da Secretaria de Saúde de Roraima. Caso a cidade apresente muitos casos suspeitos e não tenha um profissional especializado, o núcleo envia um médico de referência da unidade para atender e realizar as ações.

Essa estratégia tem apresentado bons números. Em 2017, segundo a Secretaria Estadual de Roraima, foram registrados 133 casos novos da doença. No ano passado, caiu para 107. Neste ano, são 46 casos novos até o momento.

Créditos: Ministério da Saúde

Quem compõe essa equipe especializada é a Rita de Cássia Fonseca, gerente do Núcleo de Controle da doença em Roraima. Aos 36 anos, ela está curada da hanseníase após um ano de tratamento. Rita lembra que o preconceito é mais um desafio a ser superado após o diagnóstico.

“Tem pessoas que simplesmente ainda são desinformadas com relação à hanseníase. Acham que mesmo depois que estamos fazendo o tratamento, que a gente vai transmitir a doença. E não é assim. A gente tem que pegar, sentar com a pessoa e explicar como é a doença, como ela é transmitida. Hanseníase tem cura. Muitas pessoas não têm essa informação, mas é uma doença que tem cura. O tratamento é fornecido pelo SUS. Muitas pessoas têm medo ou têm receio”.

O caso de Rita é um exemplo a ser seguido. Isso porque ela buscou o diagnóstico assim que percebeu alguns sinais pelo corpo e logo iniciou o tratamento, evitando lesões mais graves e irreversíveis. Ela afirma que sentiu primeiro dores e dormência nas pernas, além de manchas nos braços. 

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado curam os pacientes. O índice de cura no estado é alto, em 2017 ficou em mais de 86% dos pacientes diagnosticados, curados. No ano passado, 75,56% dos pacientes se curaram da Hanseníase.

Segundo a infectologista Cristiane Menezes, as complicações por tratamento tardio podem acarretar deformidades e incapacidades físicas. Ela reforça ainda que com o início do tratamento o doente deixa de transmitir a doença. 

“A hanseníase é transmitida pelas vias aéreas superiores através de tosse ou espirro, por meio do convívio próximo e prolongado com uma pessoa doente e sem tratamento. O tratamento é disponibilizado nas Unidades Básicas de Saúde e em centros de referências do SUS. O medicamento utilizado no tratamento é uma associação de antibióticos recomendada pela Organização Mundial de Saúde.”

Por isso, o importante é ficar atento aos sinais do seu corpo. Ao surgimento de qualquer mancha em que você perceba a perda ou diminuição da sensibilidade ao toque, calor ou frio, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, menores as chances de sequelas. A hanseníase tem cura e o tratamento está disponível gratuitamente no SUS. Em Roraima, os pacientes que suspeitarem da doença devem procurar o posto de saúde mais próximo, ou o Hospital Coronel Mota, no Centro de Boa Vista.

Por isso, não esqueça: identificou, tratou, curou. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/hanseníase. 

 

Receba nossos conteúdos em primeira mão.