Foto: Assembleia Legislativa de Minas Gerais
Foto: Assembleia Legislativa de Minas Gerais

Quais são os deputados e senador eleitos por Minas Gerais

Especialistas recomendam atenção ao trabalho dos parlamentares nos próximos anos. Conheça quem são e o que fazem os deputados estaduais, federais e os senadores eleitos no estado. Veja também nova configuração das bancadas do Congresso Nacional a partir de 2023

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Minas Gerais elegeu o senador Cleitinho (PSC) e 53 deputados federais no dia 2 de outubro. O candidato mais votado para deputado federal foi Nikolas Ferreira (PL), com 1.492.047 votos. 

Confira todos os deputados federais eleitos por Minas Gerais:

UF

Candidato(a)

Partido/Coligação

Situação

Votos Computados

MG

NIKOLAS FERREIRA

PL

Eleito por QP

1.492.047

MG

ANDRÉ JANONES

AVANTE

Eleito por QP

238.967

MG

DUDA SALABERT

PDT

Eleito por QP

208.332

MG

REGINALDO LOPES

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

196.760

MG

ROGÉRIO CORREIA

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

185.918

MG

DIEGO ANDRADE

PSD

Eleito por QP

170.181

MG

FRED COSTA

PATRIOTA

Eleito por QP

158.453

MG

ZÉ VITOR

PL

Eleito por QP

152.748

MG

MISAEL VARELLA

PSD

Eleito por QP

149.398

MG

RAFAEL SIMOES

UNIÃO

Eleito por QP

144.924

MG

PINHEIRINHO

PP

Eleito por QP

136.575

MG

PAULO GUEDES

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

134.494

MG

ODAIR CUNHA

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

129.146

MG

WELITON PRADO

PROS

Eleito por média

126.214

MG

GILBERTO ABRAMO

REPUBLICANOS

Eleito por QP

123.370

MG

HERCILIO COELHO DINIZ

MDB

Eleito por QP

122.819

MG

RODRIGO DE CASTRO

UNIÃO

Eleito por QP

122.571

MG

EMIDINHO MADEIRA

PL

Eleito por QP

119.101

MG

GREYCE ELIAS

AVANTE

Eleito por QP

110.346

MG

LUIS TIBÉ

AVANTE

Eleito por QP

107.523

MG

PAULO ABI-ACKEL

PSDB - Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA)

Eleito por QP

105.383

MG

NEWTON CARDOSO JR

MDB

Eleito por média

103.056

MG

EUCLYDES PETTERSEN

PSC

Eleito por QP

101.892

MG

CÉLIA XAKRIABÁ

PSOL - Federação PSOL REDE (PSOL/REDE)

Eleito por QP

101.154

MG

BRUNO FARIAS

AVANTE

Eleito por QP

97.246

MG

STEFANO AGUIAR

PSD

Eleito por QP

96.503

MG

DIMAS FABIANO

PP

Eleito por QP

96.395

MG

DOMINGOS SÁVIO

PL

Eleito por QP

90.236

MG

PEDRO AIHARA

PATRIOTA

Eleito por QP

89.404

MG

PATRUS ANANIAS

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

87.893

MG

ZÉ SILVA

SOLIDARIEDADE

Eleito por média

86.042

MG

DANDARA

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

86.034

MG

PADRE JOÃO

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

85.718

MG

AÉCIO NEVES

PSDB - Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA)

Eleito por média

85.341

MG

DR. FREDERICO

PATRIOTA

Eleito por média

84.771

MG

MIGUEL ÂNGELO

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

84.173

MG

MAURICIO DO VOLEI

PL

Eleito por QP

83.396

MG

DELEGADO MARCELO FREITAS

UNIÃO

Eleito por QP

82.894

MG

LEONARDO MONTEIRO

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por média

81.008

MG

ANA PAULA JUNQUEIRA LEAO

PP

Eleito por QP

77.990

MG

EROS BIONDINI

PL

Eleito por QP

77.900

MG

IGOR TIMO

PODE

Eleito por QP

74.465

MG

ANA PIMENTEL

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por média

72.698

MG

DR MÁRIO HERINGER

PDT

Eleito por QP

68.717

MG

LAFAYETTE ANDRADA

REPUBLICANOS

Eleito por média

68.677

MG

LUIZ FERNANDO

PSD

Eleito por média

68.550

MG

NELY AQUINO

PODE

Eleito por média

66.866

MG

SAMUEL VIANA

PL

Eleito por QP

62.704

MG

JUNIO AMARAL

PL

Eleito por QP

59.297

MG

DELEGADA IONE BARBOSA

AVANTE

Eleito por média

52.630

MG

LINCOLN PORTELA

PL

Eleito por QP

42.328

MG

ROSÂNGELA REIS

PL

Eleito por QP

42.009

MG

MARCELO ÁLVARO ANTÔNIO

PL

Eleito por QP

31.025

Já para a Assembleia Estadual, 77 deputados estaduais foram eleitos. O mais votado foi Bruno Engler (PL), com 637.412 votos.

Confira todos os deputados estaduais eleitos por Minas Gerais:

UF

Candidato(a)

Partido/Coligação

Situação

Votos Computados

MG

BRUNO ENGLER

PL

Eleito por QP

637.412

MG

BEATRIZ CERQUEIRA

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

248.664

MG

CASSIO SOARES

PSD

Eleito por QP

132.382

MG

ANTONIO CARLOS ARANTES

PL

Eleito por QP

119.686

MG

MAURO TRAMONTE

REPUBLICANOS

Eleito por QP

110.741

MG

ARLEN SANTIAGO

AVANTE

Eleito por QP

107.236

MG

NORALDINO JÚNIOR

PSC

Eleito por QP

104.552

MG

LEANDRO GENARO

PSD

Eleito por QP

101.190

MG

FÁBIO AVELAR

AVANTE

Eleito por QP

99.317

MG

TADEUZINHO

MDB

Eleito por QP

96.862

MG

TITO TORRES

PSD

Eleito por QP

96.811

MG

GUSTAVO VALADARES

PMN

Eleito por QP

96.714

MG

ULYSSES GOMES

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

95.598

MG

EDUARDO AZEVEDO

PSC

Eleito por QP

92.624

MG

CRISTIANO SILVEIRA

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

90.271

MG

GIL PEREIRA

PSD

Eleito por QP

88.393

MG

NEILANDO PIMENTA

PSB

Eleito por QP

85.364

MG

DR. JEAN FREIRE

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

84.489

MG

DELEGADO CHRISTIANO XAVIER

PSD

Eleito por QP

83.535

MG

ELISMAR PRADO

PROS

Eleito por QP

83.344

MG

CARLOS HENRIQUE

REPUBLICANOS

Eleito por QP

82.881

MG

IONE PINHEIRO

UNIÃO

Eleito por QP

80.136

MG

MÁRIO HENRIQUE CAIXA

PV - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

76.360

MG

RAUL BELÉM

CIDADANIA - Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA)

Eleito por QP

76.329

MG

SARGENTO RODRIGUES

PL

Eleito por QP

76.039

MG

JOÃO MAGALHÃES

MDB

Eleito por QP

75.285

MG

DOORGAL ANDRADA

PATRIOTA

Eleito por QP

73.338

MG

ZÉ GUILHERME

PP

Eleito por QP

72.376

MG

DUARTE

PSD

Eleito por QP

71.880

MG

BOSCO

CIDADANIA - Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA)

Eleito por QP

70.807

MG

DR. PAULO

PATRIOTA

Eleito por QP

70.569

MG

ENES CANDIDO

PMN

Eleito por QP

70.472

MG

MARQUINHO LEMOS

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

69.374

MG

LEONÍDIO BOUÇAS

PSDB - Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA)

Eleito por QP

69.355

MG

LOHANNA

PV - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

67.178

MG

DOUTOR WILSON BATISTA

PSD

Eleito por QP

66.481

MG

LENINHA

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

65.864

MG

CORONEL SANDRO

PL

Eleito por QP

65.173

MG

THIAGO COTA

PDT

Eleito por QP

64.944

MG

DOUGLAS MELO

PSD

Eleito por média

64.170

MG

JOÃO VITOR XAVIER

CIDADANIA - Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA)

Eleito por média

62.597

MG

BETÃO

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

62.169

MG

CHARLES SANTOS

REPUBLICANOS

Eleito por QP

61.727

MG

ARNALDO

UNIÃO

Eleito por QP

61.059

MG

ALENCAR DA SILVEIRA JR

PDT

Eleito por QP

60.283

MG

RAFAEL MARTINS

PSD

Eleito por média

60.142

MG

LUD FALCAO

PODE

Eleito por QP

59.381

MG

DELEGADA SHEILA

PL

Eleito por QP

58.003

MG

BIM DA AMBULÂNCIA

AVANTE

Eleito por QP

57.217

MG

ROBERTO ANDRADE

PATRIOTA

Eleito por média

54.120

MG

VITORIO JUNIOR

PP

Eleito por QP

53.135

MG

CAPOREZZO

PL

Eleito por QP

52.168

MG

DR MAURÍCIO

NOVO

Eleito por QP

52.025

MG

ZÉ LAVIOLA

NOVO

Eleito por QP

51.913

MG

ANDREIA DE JESUS

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

51.120

MG

MACAÉ EVARISTO

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

50.416

MG

LUIZINHO

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

47.644

MG

PROFESSOR CLEITON (CLEITINHO)

PV - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

47.184

MG

BETINHO PINTO COELHO ALBERTO

PV - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

45.113

MG

PROFESSOR WENDEL MESQUITA

SOLIDARIEDADE

Eleito por QP

44.885

MG

NAYARA ROCHA

PP

Eleito por QP

44.619

MG

CELINHO SINTROCEL

PC do B - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por média

44.262

MG

BELLA GONÇALVES

PSOL - Federação PSOL REDE (PSOL/REDE)

Eleito por QP

43.768

MG

RICARDO CAMPOS

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por média

43.690

MG

GUSTAVO SANTANA

PL

Eleito por QP

43.282

MG

LELECO PIMENTEL

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por média

43.143

MG

MARIA CLARA MARRA

DC

Eleito por QP

42.415

MG

ALÊ PORTELA

PL

Eleito por QP

42.179

MG

GREGO

PMN

Eleito por média

38.936

MG

OSCAR TEIXEIRA

PP

Eleito por QP

34.442

MG

CORONEL HENRIQUE

PL

Eleito por QP

34.336

MG

ADRIANO ALVARENGA

PP

Eleito por QP

34.303

MG

CHIARA BIONDINI

PP

Eleito por média

34.126

MG

LUCAS LASMAR

REDE - Federação PSOL REDE (PSOL/REDE)

Eleito por QP

34.092

MG

ANA PAULA SIQUEIRA

REDE - Federação PSOL REDE (PSOL/REDE)

Eleito por média

33.621

MG

MARLI RIBEIRO

PSC

Eleito por QP

31.340

MG

RODRIGO LOPES

UNIÃO

Eleito por QP

28.270

O especialista em direito eleitoral Rafael Lage explica que o Artigo 24 da Constituição Federal estabelece os temas que os estados podem legislar em concorrência com a União. Além disso, cada estado tem a própria constituição, com suas respectivas particularidades que refletem na atuação da Assembleia Legislativa.

“Considerando que cada Assembleia Legislativa do estado tem um número de eleitos, geralmente eles estão espalhados por diversas regiões de cada estado. Então, geralmente em todas as regiões, presume-se que estão devidamente representadas. E aí esses eleitos vão basicamente levar as demandas das determinadas regiões dos seus respectivos estados para a casa legislativa e fazer essa aproximação com o próprio poder executivo estadual e tentar propor melhorias para suas respectivas regiões.”

A consultora legislativa e chefe da Unidade de Constituição e Justiça da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Olávia Bonfim, comenta as funções do poder legislativo: “É um poder no qual conseguimos observar com bastante clareza a democracia acontecer. Isso porque os deputados eleitos representam os variados segmentos da sociedade, e eles atuam de modo a promover as principais funções do poder legislativo, que são principalmente legislar e fiscalizar, e na função de fiscalizar se faz um verdadeiro controle do poder Executivo”. 

O que fazem deputados federais e senadores

O deputado federal tem como principais responsabilidades legislar e fiscalizar. Ele pode propor novas leis, mas também sugerir mudanças ou o fim de normas que já existem, incluindo a própria Constituição Federal. 

Cabe a esses parlamentares analisar qualquer projeto de lei proposto pelo Executivo. Eles também discutem e votam as medidas provisórias (MPs) editadas pelo governo federal. Vale lembrar que nem todas as propostas são votadas no Plenário, ou seja, por todos os 513 parlamentares. Algumas pautas são decididas nas comissões temáticas da Câmara dos Deputados. 

Os deputados federais também devem controlar os atos do presidente da República e fiscalizar as ações do Executivo. Segundo a Constituição, a Câmara tem poder para autorizar a instauração de processo de impeachment contra o presidente e o vice-presidente, embora o julgamento seja papel do Senado. Eles também podem convocar ministros de Estado para prestar informações e julgar as concessões de emissoras de rádio e televisão, bem como a renovação desses contratos.

Pode-se dizer que os deputados estaduais têm as mesmas prerrogativas que os deputados federais. Ou seja, têm a missão de legislar e fiscalizar, mas enquanto um o faz isso no nível federal, na Câmara dos Deputados, o outro atua na Assembleia Legislativa, em nível estadual. 

Assim como os deputados federais, os senadores têm as atribuições de legislar e fiscalizar. Mas como o Senado é considerado a Câmara Alta do Poder Legislativo Federal, isso confere aos parlamentares da Casa alguns papéis exclusivos.

A primeira distinção se dá em relação ao tempo de mandato. Enquanto os deputados têm quatro anos no cargo, os senadores permanecem por oito anos. Além disso, o Senado representa o DF e os estados da federação, enquanto a Câmara representa o povo. É por isso que, diferentemente da Câmara, o Senado tem o mesmo número de parlamentares por estado, qualquer que seja o tamanho da população da unidade federativa. 

Quando o assunto é impeachment, cabe aos senadores julgar se o Presidente da República cometeu crime de responsabilidade. O mesmo vale para processos contra ministros de Estado. No caso de acusações envolvendo comandantes das Forças Armadas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o procurador-geral da República (PGR), os processos são de responsabilidade exclusiva do Senado, desde o início. Os senadores também decidem se aprovam os nomes indicados pelo Executivo ao STF, à PGR e ao Banco Central. 

Orçamento

Cabe aos deputados federais e aos senadores discutir e votar o orçamento da União. É a Comissão Mista de Orçamento (CMO), composta por parlamentares das duas casas legislativas, que analisa e vota a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). 

Cesar Lima, especialista em orçamento público, explica que todos os parlamentares podem apresentar emendas individuais. É por meio delas que eles podem alterar o orçamento, destinando recursos para a realização de obras específicas em seus estados e municípios. Isso é uma forma de atender os interesses e necessidades de seus eleitores.

Além das emendas individuais, existem as emendas de bancadas estaduais, explica Cesar. “As bancadas estaduais são formadas pelos parlamentares eleitos por cada estado, todos juntos. Eles podem apresentar cerca de R$ 260 milhões em emendas. Só que ao contrário das emendas individuais, que podem ser para qualquer tipo de obra, as emendas de bancada têm que ter um caráter estruturante, ou seja, obras de maior porte, e só podem ser utilizadas dentro daquele estado que está indicando”, detalha. 

Os parlamentares também devem fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. Para isso, contam com a parceria do Tribunal de Contas da União, o TCU. “A Comissão Mista de Orçamento pode realizar diligências com os seus membros para fazer esse tipo de fiscalização, mas geralmente se utiliza o TCU, que já tem toda uma estrutura voltada para essa fiscalização, não só da correta aplicação dos recursos dentro das normas mas também sobre a efetividade das políticas públicas”, afirma Cesar. 

Papel do eleitor

A atuação dos eleitores continua depois da escolha feita na cabine de votação. É preciso acompanhar o trabalho dos representantes escolhidos para aprovar as leis que regem o cotidiano da população brasileira. 

O especialista em direito eleitoral, Alberto Rollo, destaca que além de eleger, é fundamental fiscalizar os trabalhos dos candidatos eleitos. “Porque se aquela pessoa que foi eleita cumprir o seu papel, cumprir os seus compromissos, vai merecer novamente o voto do eleitor. Se a pessoa que foi eleita não cumpriu nada, não fez nada do que prometeu, então não vai merecer de novo o voto, e a gente vai dar espaço, lugar para outra pessoa”, observa. 

No Congresso Nacional, 23 homens e quatro mulheres vão assumir funções no Senado a partir de 1º de fevereiro de 2023, para um mandato de oito anos. Cada um dos 26 estados e o DF elegeram uma pessoa como representante. 

A Câmara dos Deputados, com 513 eleitos para os próximos quatro anos de legislatura, será composta por 422 homens e 91 mulheres. O número de representantes por estados e DF é proporcional à população de cada unidade federativa, a partir dos dados mais recentes do IBGE.

Nova configuração do Congresso Nacional

Das 81 cadeiras do Senado, o PL terá a maior bancada. A legenda do Presidente da República, Jair Bolsonaro, vai ocupar 15 vagas. São seis vagas a mais que antes do primeiro turno das eleições. Os senadores Marcos Rogério e Jorginho Mello, que compõem a bancada do PL, disputam o segundo turno para o governo de seus estados, Rondônia e Santa Catarina, respectivamente. Se ambos forem eleitos governadores, o partido de Bolsonaro será representado por 13 senadores.

O PSD, partido do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, terá a segunda maior bancada, com 11 senadores. A legenda perdeu uma vaga em relação ao cenário pré-eleições. A terceira maior bancada, por enquanto, pertence ao União Brasil. O partido terá dez senadores, quatro a mais do que tinha. A sigla, criada após fusão do DEM com o PSL, pode perder Rodrigo Cunha, candidato ao governo de Alagoas. Se ele vencer, a legenda ficará com nove cadeiras. 

Antes dono da maior bancada no Senado, o MDB perdeu três vagas e deve começar a próxima legislatura com nove senadores. Mesmo número do PT, que viu a bancada aumentar de sete para nove parlamentares. O partido, no entanto, aguarda o resultado do segundo turno das eleições em Sergipe, pois se Rogério Carvalho se eleger governador, a legenda terá oito representantes na Casa. 

Podemos e PP dividem o posto de sexta maior bancada, cada uma com seis senadores. PSDB, com quatro, Republicanos e PDT, com três, completam a lista das siglas que terão mais de um senador em 2023. Já PROS, PSB, PSC, Cidadania e Rede serão representados por apenas um senador.

Vale lembrar que PSB, PSDB, MDB e PSD também estão de olho no segundo turno das eleições para governador. Isso porque cada um desses partidos têm um suplente que vai assumir uma cadeira no Senado, caso os parlamentares envolvidos nas disputas pelos governos estaduais vençam os pleitos. 

Confira abaixo a evolução das bancadas no Senado 



A maior bancada da Câmara dos Deputados é do Partido Liberal (PL), que passará de 76 a 99 deputados, um aumento de 23 vagas. Em segundo lugar, fica a federação PT-PCdoB-PV, com 80 deputados, 12 a mais que a legislatura atual. A terceira maior bancada é do União: 56 deputados eleitos, um crescimento de oito parlamentares na bancada. 

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