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A pandemia de coronavírus mudou a forma de viver do mundo inteiro, principalmente no que diz respeito a medidas sanitárias de segurança para evitar contrair a doença. Mas nem sempre o distanciamento social, uso de máscara e higienização das mãos são suficientes para se manter seguro quando o transporte público e hospitais brasileiros estão lotados. Pensando em aumentar a segurança da população, empresas de tecnologia no Brasil desenvolveram produtos para auxiliar no combate ao vírus da Covid-19.
A empresa plástica Extrusa Pack desenvolveu e doou uma película antiviral capaz de eliminar o Sars-CoV-2 para aplicação na frota de transporte público de Guarulhos, em São Paulo. O produto, que passa a ser encontrado nas barras e acentos dos 858 ônibus que circulam pelo município, foi desenvolvido com o aditivo britânico d2pAM, que impede a entrada do vírus na superfície. A película foi testada pelo laboratório da Unicamp, que comprovou a eficácia de 99% também contra bactérias e fungos
O produto mantém a eficácia nos ônibus enquanto o plástico durar, não necessitando de manutenção com álcool, por exemplo. E após o descarte, pode ser direcionado a reciclagem. “Ele é resistente, se colocado produto de limpeza o efeito do antivírus continua sendo eficaz. Só é necessário limpar para remover as sujeiras, como poeira, por exemplo”, explica a gerente comercial da Extrusa Pack, Gisele Barbin.
A companhia doou cerca de R$100 mil em películas e disse que por ter uma unidade localizada em Guarulhos, viu a necessidade de ajudar a população que utiliza o transporte público. “O número de contaminação aqui em São Paulo é muito grande e todos diziam: ‘o restaurante está fechado, mas o ônibus em movimento’. Então, tivemos a ideia de colocar no transporte público, porque já tínhamos o saco para lixo anti-covid, e vimos que dessa forma poderíamos contribuir para a sociedade”, disse Gisele Barbin.
Agora, a empresa pretende colocar o produto em linha comercial para que possa ser adquirido e utilizado em bancos de recepção, táxi e restaurantes, por exemplo.
Para a infectologista Ana Helena Germóglio a prioridade dentro do transporte público para que os usuários evitem a contaminação é a ventilação adequada atrelada ao uso correto da máscara de proteção. “De nada vai adiantar promover uma desinfecção de uma superfície ou utilizar alguma tecnologia ultramoderna se não tiver alguma medida para garantir uma boa ventilação do local ou para exigir o uso de máscaras apropriadas. Novamente falamos que são decisões que podem dar uma falsa sensação de segurança”, diz.
Outros produtos desenvolvidos para combater o vírus da Covid-19 foram o composto químico denominado micropartícula de prata, que pode ser incorporado a roupas e máscaras de proteção e o plástico polietileno. Os dois possuem 99,9% de eficiência e capacidade de eliminar o vírus entre 2 e 5 minutos. As criações foram feitas pela empresa Nanox e possuem eficácia comprovada pela Quasar Bio, instituição ligada à Universidade de São Paulo (USP).
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Os dois produtos têm como base a prata e são incorporados em diversos utensílios que já se encontram no mercado como embalagens, plásticos, tecidos, tintas, verniz, pisos e louças. O plástico polietileno pode ser usado também nos ares-condicionados de carros e ônibus. Já o plástico adesivo nos botões dos elevadores, corrimão de escola, máquina de cartão, carrinho de supermercado e mesas, por exemplo.
No caso dos tecidos, a propriedade bactericida foi desenvolvida para ter durabilidade nas lavagens, mas nenhum dos itens produzidos são soluções contra o coronavírus. “Não estamos prescrevendo o produto como solução, é um agregado à campanha de vacinação e distanciamento social, uso de máscara. É um adicional de segurança para não levar o vírus para dentro de casa e ter menos circulação”, destaca o diretor e co-fundador da Nanox, Daniel Minozzi.
Minozzi explica também como a prata funciona nos produtos de combate ao Sars-Cov-2. “Ela funciona como um mecanismo de ação de eliminação do microrganismo onde ocorre algo parecido com choque elétrico, que é uma troca de elétrons do elemento prata, como se fosse uma pilha. Quando o Sars-Cov-2 entra em contato com a superfície de micropartículas de prata tem-se uma inativação da membrana que envolve o RNA do vírus e então ele fica inativo e não consegue entrar no organismo.”
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