Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

PIB: economia de Minas Gerais cresce 5,1% em 2021, diz Fundação João Pinheiro

O PIB do Brasil, por sua vez, aumentou 4,6%. Segundo a economista Margarida Gutierrez, da UFRJ, a taxa de investimento e o mercado formal de trabalho indicam que atividade econômica deve manter desempenho de 2021

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A alta de 17,2% da taxa de investimentos — que atingiu seu maior patamar desde 2014 — e a criação de 2,7 milhões de vagas no mercado formal de trabalho no ano passado indicam que a melhora da atividade econômica brasileira pode ser sustentável. Essa é a avaliação de Margarida Gutierrez, professora de macroeconomia do Coppead/UFRJ. 

Margarida destaca que o investimento é importante não apenas porque impacta no resultado final do PIB, mas porque afeta a atividade econômica a médio e longo prazo. 

“O investimento aumenta a capacidade produtiva da economia para os períodos seguintes. E para o investimento acontecer, ele depende de expectativas favoráveis, muito mais do que da taxa de juros. Então, se essa taxa de investimento cresceu tanto, se a produção de máquinas, equipamentos, novas construções e novas tecnologias cresceu 17% em 2021 frente a 2020, isso é um sinal de expectativas altamente favoráveis para os períodos seguintes. Nenhuma empresa compra uma máquina pra deixar ela parada. Nenhuma empresa aumenta uma instalação ou seu parque fabril se não tiver expectativas de aumento de venda”, analisa. 

Em 2021, o investimento em máquinas e equipamentos, por exemplo, subiu 23,6%. Já os aportes em construção aumentaram 12,8%. Tais resultados ajudaram o indicador de investimento chegar a 19,2% em relação ao PIB, o melhor desempenho desde 2014. 

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PIB cresce 4,6% em 2021 e país retoma patamar anterior à pandemia, diz IBGE

PIB 
Segundo estimativa preliminar da Fundação João Pinheiro (FJP), o PIB de Minas Gerais cresceu 5,1% no ano passado, totalizando R$ 805,5 bilhões. O setor de serviços teve participação de 61,6%, seguido da indústria (30,1%) e da agropecuária (8,3%). O resultado foi melhor do que o PIB nacional, que cresceu 4,6% em 2021, recuperando o tombo de 3,9% registrado em 2020. 

O deputado federal Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) espera que a economia continue crescendo de “maneira virtuosa”. “Tudo indica que a economia vai crescer de forma robusta se não acontecer nenhum fato novo ou nenhuma surpresa. O Brasil é um país que tem uma economia forte, pujante. Estamos trabalhando no rumo certo e os números estão mostrando”, pontua. 

O deputado comemora as notícias de que o país já retornou ao patamar pré-pandemia. 

“É muito alvissareira essa notícia. A gente percebe que o Brasil estava caminhando no rumo certo quando veio a pandemia e nós tomamos as medidas que eram necessárias.  O Brasil é um país que tem uma economia robusta, de modo que foi uma surpresa positiva, mas tínhamos a convicção de que estávamos trabalhando no caminho certo”, avalia o deputado Lafayette de Andrada. 

Segundo o Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, o crescimento da economia brasileira foi puxado pelo setor de serviços, que cresceu 4,7%, e pela indústria, que registrou alta de 4,5%. Juntos, eles representam 90% do PIB do país.  

Emprego
Além da ampliação da capacidade produtiva com a chegada de mais investimentos, o mercado formal de trabalho também indica que a recuperação da economia não deve se restringir apenas a 2021. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o país teve saldo positivo de 478 mil empregos com carteira assinada nos dois primeiros meses deste ano. O resultado se soma às mais de 2,7 milhões de vagas abertas em 2021. 

Para Margarida Gutierrez,  a explosão do emprego formal que ocorre desde o ano passado também indica perspectivas favoráveis para a economia brasileira em 2022. 

“Os dados sinalizaram uma recuperação impressionante do mercado de trabalho em 2021, com uma queda expressiva do desemprego e com um aumento enorme do nível de ocupações, que inclusive, já superou o nível pré-pandemia. Nenhuma empresa contrata um empregado para deixá-lo parado. Isso mais uma vez sinaliza expectativas que, antes da guerra Ucrânia/Rússia, eram bastante favoráveis para a economia brasileira em 2022”, ressalta. 

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