Ilustração economia. Foto: Agência Brasil.
Ilustração economia. Foto: Agência Brasil.

PIB de Goiás deve crescer quase 4% em 2021

Considerando os resultados oficiais desde 2010, e as projeções até 2022, o PIB de Goiás deverá crescer 19,7% neste período, o 9º maior aumento no País

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A retomada econômica do Brasil começa a ganhar corpo com avanço da vacinação contra a Covid-19 e medidas que estimulam o setor. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o País caminha para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) próximo a 4,5% no fechamento de 2021. O PIB de Goiás deve crescer 3,80% neste ano.

O avanço econômico de Goiás, se confirmada a previsão, será superado apenas pelo de Mato Grosso (4,97%), do Amazonas (4,78%), do Rio Grande do Norte (4,37%) e do Piauí (3,99%). Considerando os resultados oficiais desde 2010, e as projeções até 2022, o PIB de Goiás deverá crescer 19,7% neste período, o 9º maior aumento no País.

Para o deputado federal Major Vitor Hugo (PSL-GO), as projeções são resultado de uma série de medidas implantadas pelo governo com o intuito de mitigar o efeito da pandemia, além do avanço da vacinação. “É um estado que tem uma economia pujante, que está se industrializando, mas que tem um agronegócio que não parou durante a pandemia e que contribuiu muito para que o Brasil tivesse esse resultado econômico favorável mesmo diante desse desafio”, afirmou

Para os analistas da CNI, apesar da pandemia da Covid-19 e aumento da inflação, alguns fatores contribuíram para a recuperação da economia, como o menor impacto da segunda onda da doença sobre a atividade industrial, a liberação gradativa do setor de serviços e a oferta de insumos e matérias-primas no mercado para a produção na indústria.

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Banco Central e empresas

Na visão do economista e professor de Finanças do Ibmec DF, William Baghdassarian, de 2020 a 2021, foram aprovadas várias medidas para destravar a economia. “Foi aprovado, por exemplo, a independência do Banco Central que vai desacoplar a questão do ciclo político da questão econômica, porque senão a cada eleição você terá o Banco Central interferindo e mexendo em taxa de juros só para eleger a administração de plantão. Então, isso é uma medida boa”, lembra.

William qualifica, nesse contexto, o Auxílio Emergencial pago desde 2020 como fundamental, junto com outras ações. “Também tivemos uma nova lei cambial; tivemos o Pronampe; tivemos, recentemente, a Medida Provisória 1040 que, junto com a Lei de Liberdade Econômica - chamada de melhoria do ambiente de negócio - e a Lei de Falências, vai tornar o processo de criação de empresas muito mais simplificado. E isso tudo se reflete em emprego.”

O especialista ainda afirma que, para alcançar os bons resultados esperados, a saúde e a economia devem ser focos de atenção simultâneos do governo. “Sem dúvida alguma, a chave para sairmos da crise é exatamente focar nessas medidas de saúde. A questão da saúde está muito ligada à questão da incerteza, porque na medida em que você entende que a questão de saúde pública foi definida, que o governo conseguiu equacionar essa pandemia e que a pandemia deixou de ser um problema, as pessoas começam a poder reinvestir”, comentou. 
 

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