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O Dia D de vacinação contra a poliomielite e de multivacinação para atualização da caderneta ocorreu neste sábado (20) em todo o país. A mobilização, que se estende até o dia 9 de setembro, conta com mais de 38 mil postos de vacinação e busca a cobertura vacinal de, pelo menos, 95% das crianças menores de 5 anos para a pólio. E para a atualização das vacinas de rotina, o público-alvo inclui os menores de 15 anos.
No lançamento do Dia D, em Ouro Preto (MG), o Ministério da Saúde destacou a necessidade de obter alta cobertura vacinal para que doenças erradicadas, como a poliomielite, não voltem a ser registradas, principalmente após a queda na cobertura vacinal durante a pandemia.
Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, lembra que hoje ninguém vê uma criança com poliomielite justamente por conta do sucesso do Programa Nacional de Imunização e que os pais e responsáveis devem continuar empenhados em vacinar as crianças de modo a evitar que doenças imunopreveníveis voltem a acometer nossa população.
“Nosso foco principal nessa campanha de multivacinação é a vacinação contra o Pólio. Nossa região está na região de alto risco da reintrodução do Pólio e nós não podemos permitir isso. A principal forma, mais segura, mais tranquila de fazermos isso é garantirmos a vacinação das nossas crianças”, destaca Medeiros.
Socorro Gross, representante da Organização Pan Americana da Saúde (OPAS/OMS), fez um paralelo entre a cidade escolhida para o Dia D de Multivacinação, Ouro Preto (MG), e as vacinas. Segundo a representante da OPAS, a cidade mineira foi uma das primeiras a se tornar patrimônio da humanidade, com um passado e um presente de prosperidade que deve ser mantido para o futuro, exatamente como a imunização.
“As vacinas são o mesmo. As vacinas são um patrimônio da humanidade. As vacinas são um bem individual e coletivo que trazem saúde às populações, especialmente nossas crianças, que são mais vulneráveis. Porque quando elas nascem, precisam se desenvolver essa imunidade. E as vacinas trazem isso às nossas crianças. Saúde, bem estar, oportunidade, esperança”, relata Socorro.
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No lançamento do Dia D, o Ministério da Saúde atualizou a situação da cobertura vacinal contra a poliomielite em todo o Brasil e Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, citou a Paraíba, que ainda tem menos de 50% do público-alvo vacinado. O estado nordestino foi o último a registrar, em 1989, um caso de infecção pelo poliovírus selvagem, causador da poliomielite. Desde então, após o Brasil adotar uma estratégia de rotina para intensificação da vacinação e campanhas de vacinação anual contra a paralisia infantil, não há registros de circulação do vírus em território nacional.
“Essa campanha se estende até o dia 9 de setembro. E qual é o objetivo? O objetivo é vacinar 15 milhões de crianças abaixo de 5 anos. Isso é muito mais que um objetivo, deve ser um compromisso, um compromisso de todos nós, os brasileiros. É por isso que temos nos empenhado para que a poliomielite não volte”, apontou o ministro.
A Paraíba é o estado do Nordeste com a menor cobertura vacinal do público-alvo contra a poliomielite, com 46,2%. Na Região Norte, o estado do Amapá é o que apresenta a menor cobertura, com 32,4%. No Centro-Oeste, no estado de Goiás, 50,4% já receberam o imunizante. O Rio Grande do Sul é o estado da Região Sul que requer mais atenção, já que apenas 48,8% do público alvo recebeu a vacina. O menor índice de imunização contra a poliomielite se encontra na Região Sudeste: no Espírito Santo, somente 32,2% das crianças foram imunizadas.
Os dados são parciais e constantemente atualizados com informações fornecidas pelos estados e municípios ao Ministério da Saúde.
Para a campanha contra a poliomielite, o grupo-alvo são crianças entre um e menores de cinco anos de idade. As menores de um ano deverão ser vacinadas conforme a situação vacinal encontrada para esquema primário. Já as crianças de um a quatro anos deverão ser vacinadas indiscriminadamente com a Vacina Oral Poliomielite (VOP), desde que já tenham recebido as três doses de Vacina Inativada Poliomielite (VIP) do esquema básico.
Marcelo Queiroga também lembrou que as outras vacinas da campanha são igualmente importantes, como por exemplo a tríplice viral, que protege as crianças contra sarampo, rubéola e caxumba, e a vacina contra HPV, que previne câncer no colo do útero. “Todas essas vacinas estão disponíveis e elas só têm um só dono, o povo do Brasil. Então, vamos fazer isso. Cada um dos brasileiros, os pais, os avós, todos que devem emanar nesta grande cruzada”, ressaltou o ministro.
Em 2016, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) chegou a considerar o Brasil livre do sarampo, mas o país voltou a registrar casos da doença com frequência, principalmente no Amapá, no Rio de Janeiro e em São Paulo. O Ministério da Saúde está atento à situação e, inclusive, ativou uma Sala de Situação para monitorar a circulação do vírus no país.
Para as crianças, estão disponíveis os imunizantes para Hepatite A e B; Penta; Pneumocócica 10 valente; Vacina Inativada e Vacina Oral Poliomielite; Vacina Rotavírus Humano; Meningocócica; Febre amarela; Tríplice viral; Tetraviral; Tríplice bacteriana; Varicela e HPV quadrivalente.
Já para os adolescentes de até 15 anos, as vacinas são de HPV, febre amarela, tríplice viral, hepatite B, dTpa e Meningocócica conjugada.
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