IFRS, Campus Porto Alegre. Foto: IFRS
IFRS, Campus Porto Alegre. Foto: IFRS

Micro e pequenas empresas gaúchas afetadas pela pandemia podem buscar assessoria gratuita junto ao Instituto Federal do Rio Grande do Sul

Projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados pretende ampliar o apoio dos institutos federais aos donos de micro e pequenos negócios no país

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Os micro e pequenos empreendedores gaúchos que tiveram seus negócios afetados pela pandemia da Covid-19 ganharam no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) um aliado para superar a crise econômica. O IFRS oferece assessoria gratuita a essas empresas por meio de projetos de extensão. 

O IFRS faz um diagnóstico da situação da empresa e dá orientação nas principais áreas de gestão, com o objetivo de garantir a sobrevivência, a manutenção e a ampliação da capacidade de operação dessas organizações. Anderson Yanzer, chefe do departamento de Pesquisa e Inovação e coordenador do Escritório de Projetos do IFRS, destaca que o projeto foi bem sucedido. 

“A iniciativa começou com o objetivo de atender em especial os empreendedores afetados pela pandemia por meio desses projetos de extensão. Então, foi um projeto muito legal, com ótimos resultados, em que vários microempreendedores foram atendidos com consultorias de servidores do instituto para melhorarem seus negócios, principalmente na área de gestão nesse período”, explica.

Segundo o próprio site do IFRS, já são 66 empresas assessoradas desde o início da iniciativa, batizada de IFRS Contribui. Os empreendedores cadastrados contam com apoio na gestão financeira, em que os profissionais do instituto avaliam a situação das contas da empresa. Há suporte jurídico também, no qual os contratos, licenças, alvarás e relações trabalhistas e tributárias são esclarecidas aos empresários.     

Marketing, logística e operações, gestão de pessoas e planejamento estratégico são outras áreas em que a assessoria do IFRS auxilia as empresas. Anderson Yanzer conta que o apoio do instituto federal a essas empresas não para por aí. Por meio do portal Integra, por exemplo, os empreendedores podem consultar os servidores do IFRS e suas áreas de atuação, os projetos em curso e os laboratórios. 

“O portal Integra se constitui como um espaço para que esses microempreendedores possam visualizar as nossas competências, as possibilidades e parcerias e por ali demandarem algum tipo de possibilidade de um acordo de cooperação para desenvolvimento de alguma solução”, afirma Yanzer. 

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Projeto de Lei

Microempreendedores individuais e empresas de micro e pequeno porte poderão ter preferência nas parcerias estabelecidas entre os Institutos Federais e o setor produtivo. O projeto de lei (2731/2020), que estabelece a medida, ainda está em tramitação na Câmara dos Deputados e tem o objetivo de fomentar a inovação e a apropriação de avanços tecnológicos pelos empresários de micro e pequeno porte.

O deputado federal Luiz Lima (PSL/RJ), relator do projeto na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados (CCTCI), destaca o papel desses empreendimentos na economia brasileira.

“Os empreendimentos de pequeno e médio porte representam uma força produtiva fundamental para a economia brasileira. As micro e pequenas empresas respondem por 30% da produção econômica do Brasil e são responsáveis pela grande maioria dos empregos gerados no país.”

“Ao facilitarmos as relações entre essas entidades e os empreendimentos de menor porte, a proposta contribuirá não somente para fomentar a inovação no ambiente empresarial, mas também para acelerar o processo de apropriação dos avanços tecnológicos pelas pequenas empresas, gerando benefícios para um universo potencial de milhões de empreendedores”, avalia o deputado.

Segundo Anderson Yanzer, parcerias entre os institutos federais e os micro e pequenos negócios já são promovidos. “Qualquer microempreendedor ou empresa pode propor uma parceria com o Instituto Federal, principalmente na área de desenvolvimento científico e tecnológico, pesquisa científica, enfim, trabalhar alguma melhoria de processo, de serviços”, diz. 

Ele acredita que o PL vai estimular essas parcerias. "Já existem os instrumentos, as possibilidades estão disponíveis. É só uma questão de estimular, de incentivar essas cooperações”, conclui. 

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