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A vacinação é uma das principais formas de prevenir a Covid-19 e de manter preservadas as comunidades quilombolas, diminuindo a quantidade de pessoas com sintomas, casos graves e óbitos pela doença. Por isso, o governo federal está empenhado nas ações de plano de enfrentamento da pandemia da Covid-19 para as populações dessas comunidades.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica a importância da vacina nos grupos prioritários. “As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.”
A microrregião quilombola de Cametá possui mais de 43 mil pessoas e está distribuída por seis municípios do Pará: Abaetetuba, Cametá, Mocajuba, Baião, Oeiras do Pará e Igarapé-Miri. Destes, o que concentra a maior parte dessa população é o município de Cametá, com mais de 12 mil quilombolas.
Com uma área pouco maior que 83 mil km², essa região está situada no Nordeste Paraense – a mais antiga fronteira de colonização do estado do Pará. Devido à grande extensão territorial, o recebimento das vacinas se torna mais demorado, mas a imunização não está sendo prejudicada, como explica o secretário de Saúde de Cametá, Klenard Ranieri.
“Essa vacina veio para todas as áreas, mesmo que não tenha chegado na quantidade ideal, nós estamos conseguindo fazer uma vacinação que abrange toda a região, pois a maior parte dos quilombos está em áreas rurais. Para ter ideia, só aqui em Cametá, a zona rural corresponde a 60% do município”, destacou o secretário.
Socorrinha Souza é coordenadora da comunidade quilombola do Mupi e uma das lideranças na região. Ela está participando ativamente da vacinação contra a Covid-19 junto às equipes de saúde local e relata que as comunidades têm sido atendidas de forma eficiente. “No estado do Pará, a vacina não chegou em todas as comunidades quilombolas, mas nos quilombos da microrregião de Cametá já conseguimos vacinar, com a primeira dose, cerca de 90% da população quilombola. Temos doentes em recuperação para tomar a primeira dose ainda”, comentou.
Esse trabalho de levar as vacinas para onde os quilombolas estão faz parte de uma estratégia diferenciada que foi elaborada no município de Cametá, e adotada pelos outros municípios da microrregião. De acordo com Klenard Ranieri, foi preciso traçar rotas e disponibilizar meios de transporte adequados para que as equipes de vacinação pudessem chegar até as comunidades mais longínquas.
“Estamos no inverno amazônico, um período muito chuvoso. Temos uma estratégia de vacinação, os nossos técnicos saem de moto, de caminhonete para poder chegar nessas áreas. Mas nas áreas de mais facilidade e acesso, a proteção das comunidades está sendo feita nos postos de vacinação de cada zona quilombola”, detalhou o secretário.
Mesmo com a maior parte da população aceitando a vacina contra a Covid-19 como uma forma de cuidado, Socorrinha Souza destaca que uma parte pequena está se recusando a ser vacinada por causa de uma igreja evangélica da região, que não acredita na vacinação. Por isso, as lideranças locais têm atuado de maneira mais incisiva para convencer a população nessas áreas.
Preocupada com a situação, a coordenadora da comunidade quilombola do Mupi faz um apelo às pessoas que ainda não se vacinaram. “Quero pedir encarecidamente que venham tomar essa vacina, vamos imunizar toda a nossa população para que esse vírus não cause mais desgraça na nossa comunidade e não venha a matar mais pessoas, como já ocorreu. Essa vacina é a nossa cura”, convocou a líder comunitária.
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a doença, mas hábitos saudáveis também são importantes para se manter bem longe da Covid-19:
É importante lembrar que ao sentir qualquer sintoma da Covid-19, você deve procurar uma unidade de saúde para evitar passar a doença para outras pessoas e receber o Atendimento Imediato – que pode ajudar a reduzir a forma grave do vírus.
Para que esse trabalho de vacinação pelas comunidades quilombolas seja realizado de forma mais rápida e segura, é importante, ainda, entender o papel dos Agentes Comunitários de Saúde e as Equipes de Saúde da Família – que são fundamentais no cuidado à saúde e, também, podem tirar dúvidas sobre a vacinação.
Mais conhecidos pela sigla ACS, os agentes comunitários de saúde têm o papel de realizar a prevenção em âmbito familiar, indo de casa em casa de uma determinada comunidade – e que geralmente é onde o próprio agente mora. O papel exercido por esses profissionais é a ligação entre os domicílios, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e a comunidade. O agente também atua em espaços comunitários, com objetivo de esclarecer a população e ajudar na prevenção de doenças e a saúde, desenvolvendo, junto à sociedade, ações empreendedoras.
Plano de enfrentamento da pandemia da Covid-19 para as populações quilombolas
O governo federal lançou, agora em maio, um painel interativo para que a população possa acompanhar a execução das ações relativas ao plano. O plano tem objetivo de beneficiar mais de 1,4 milhão de quilombolas em todo o País com ações de segurança alimentar e de saúde. Os dados da plataforma são referentes às iniciativas realizadas em 2021 e estão divididos em seis grupos:
● Execução do plano
● Cestas Alimentares
● Merenda Escolar
● Auxílio Emergencial
● Vacinação contra Covid-19
● Comunidades Certificadas
Para mais informações sobre a vacinação em todo o país, acesse gov.br/saude.
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