LOC.: Nos últimos 10 anos, a indústria brasileira caiu cinco pontos percentuais em participação no Produto Interno Bruto, o PIB. A declaração foi feita pela vice-presidente da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia, a ABRACE, Daniela Coutinho, em audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados, nessa quarta-feira.
Para reverter este cenário de distorções ela considera urgente a aprovação de reformas estruturais para o segmento.
TEC./ SONORA: Daniela Coutinho, vice-presidente da ABRACE.
"Essas reformas estruturais do setor elétrico precisam avançar. É preciso urgentemente aprovar o projeto de lei de modernização do setor que está na Câmara desde o começo do ano, como o PL 414/2021 que agora está sob a relatoria do deputado Fernando Coelho Filho.”
LOC.: O deputado Otto Alencar (PSD-BA), que propôs a realização da audiência, questionou os convidados sobre a privatização da Eletrobras e impulsionamentos para o setor de energia renovável.
O presidente do Conselho de Energia Eólica Onshore e Offshore Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Roberto Veiga, declarou que a privatização é sempre favorável, mas é preciso criar um ambiente de competitividade com outras empresas que desenvolvam a mesma atividade.
TEC./ SONORA: Roberto Veiga, presidente da Abimaq.
“Nós temos só a Petrobras, então não adianta dizer que ela é uma empresa que está na bolsa se não tem concorrente dela no Brasil, você fica monopolizando a decisão.”
LOC.: Com relação aos incentivos a fontes renováveis, o presidente da Abimaq avaliou que o governo precisa de constância das políticas públicas de incentivo para que não haja paralisações dos investimentos no setor. Segundo ele, é preciso garantir a segurança jurídica de que os leilões de energia vão continuar acontecendo, assim como uma competitividade aberta no mercado.
Reportagem, Rafaela Gonçalves