Data de publicação: 09 de Dezembro de 2022, 04:15h, atualizado em 09 de Dezembro de 2022, 18:28h
LOC.: O hidrogênio verde já é considerado o combustível do futuro. Impulsionado pela energia solar e a eólica, o combustível não emite gases de efeito estufa, fornecendo até três vezes mais energia que as demais matérias-primas fósseis. Sua produção ainda é pequena no Brasil, mas essa nova fonte renovável é apontada como o próximo principal combustível para o mundo, com benefícios para o meio ambiente e a sociedade tanto do ponto de vista econômico, quanto da sustentabilidade.
Para o governo federal, a importância do hidrogênio de baixo carbono no processo de transição energética e descarbonização mundial é essencial. E como o setor privado, principalmente a indústria, tem apostado em projetos para o desenvolvimento da nova energia, tem trabalhado na criação de marcos regulatórios para dar mais segurança ao segmento e destravar os investimentos. É o que explica a diretora de Desenvolvimento Energético, da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Marina Rossi.
TEC/SONORA: Marina Rossi, do MME.
“Sabemos que estes investimentos são muito volumosos e por isso é necessário sim, organizar o setor, desenvolver um arcabouço legal regulatório normativo para que o setor privado tenha segurança em aportar esses grandes volumes aqui no Brasil. Ao promover a segurança do investimento privado, estaremos beneficiando os brasileiros justamente porque isso faz com que o investimento privado seja realizado com qualidade, gerando emprego e renda e crescimento econômico”.
LOC.: O senador pelo PT Jean-Paul Prates é autor de um projeto de lei que disciplina a inserção do hidrogênio como fonte de energia no Brasil, estabelecendo parâmetros de incentivo ao uso do hidrogênio sustentável. De acordo com o parlamentar, é preciso criar parâmetros normativos e regulatórios como se faz com outros produtos do gênero.
TEC/SONORA: Senador Jean-Paul Prates
“Na verdade, o hidrogênio verde é uma atividade industrial como outra qualquer que precisa depois de normatizações e também regulamentações, se houver necessidade, ao nível da ANP, Agência Nacional de Petróleo, Gás e Combustível. A gente achou, por bem, que tinha que ter uma agência que tivesse regulando, tomando conta dessa nova atividade, então o hidrogênio me parece, em muitos aspectos, como o próprio gás natural, como o GLP, com o gás de cozinha, e a LP tomará, conta, entre aspas, desse novo produto, dessa fonte energética”.
LOC.: De acordo com o Ministério de Minas e Energia, atualmente, as principais iniciativas de hidrogênio em andamento estão no Nordeste, nos estados do Ceará, Pernambuco e Bahia, além do Rio de Janeiro, no Sudeste. Todos os projetos para desenvolver o combustível totalizam mais de US$ 20 bilhões.