LOC.: O deputado federal Augusto Coutinho (Solidariedade/PE) ressaltou, na última sexta-feira (2), a importância de a Câmara dos Deputados aprovar o projeto de lei que amplia as possibilidades de emissão de debêntures para o setor de infraestrutura. A proposta é uma das apostas de parlamentares para a retomada dos investimentos no setor pós-pandemia da Covid-19.
As debêntures são títulos de dívidas emitidos por empresas para captar recursos. Se uma empresa quer construir uma rodovia, por exemplo, mas não tem dinheiro suficiente para isso, ela pode pegar esses recursos emprestados junto a investidores, como as pessoas físicas ou jurídicas. O investidor recebe, mais à frente, o valor emprestado acrescido de juros.
TEC./SONORA: Augusto Coutinho (Solidariedade/PE), deputado federal
“Muitas vezes, faltam condições ao poder público de ter recursos para fazer esse aporte de infraestrutura. Então, essa é uma alternativa, ou seja, a emissão de debêntures, de financiamento para a infraestrutura. Por isso, é importante que o projeto seja aprovado, porque é um mecanismo a mais.”
LOC: O principal ponto do PL é direcionar isenções fiscais para as empresas do setor de infraestrutura que emitem debêntures. Atualmente, apenas os investidores pessoas físicas (quem empresta dinheiro para as empresas) têm isenção fiscal do Imposto de Renda sobre a rentabilidade.
Assim, os parlamentares esperam atrair mais investimentos para o setor, sobretudo de pessoas jurídicas. Segundo o economista William Baghdassarian, a medida pode ter impactos positivos na economia a curto e médio prazo.
TEC./SONORA: William Baghdassarian, economista
“No curto prazo, ela aumenta a demanda agregada, e acaba gerando emprego. Se você tem uma infraestrutura para ser feita ali, você cria todo um ecossistema de pessoas para fazer aquela infraestrutura. No médio prazo, como essa infraestrutura vai gerar um aumento da produtividade daquela região, o projeto acaba se pagando, porque o projeto traz lucro e esse lucro gera a possibilidade de pagar o empréstimo gerando ainda um benefício.”
LOC.: A proposta tramita na Câmara dos Deputados em regime de urgência.
Reportagem, Felipe Moura.