Data de publicação: 21 de Outubro de 2022, 03:30h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:35h
A Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), considerada um dos eixos mais importantes para a integração de três regiões do Brasil, passa a contar com 215 novos vagões. Os equipamentos vão operar no transporte de celulose solúvel no Triângulo Mineiro, em direção ao sistema portuário do Espírito Santo.
Na avaliação do advogado especialista em controles sobre contratações públicas e direito concorrencial, Pedro Lustosa, a iniciativa representa um avanço para o setor, principalmente por se tratar de um modal que visa baratear o custo logístico no país.
“Penso que, em uma lente macro, o incremento da frota de vagões só tem a beneficiar o setor ferroviário. Afinal de contas, é um setor que vem tentando se colocar como alternativa viável para o modelo de infraestrutura de transporte do país, que é voltado em sua grande maioria para o transporte rodoviário. Assim acredito que esse é um passo importante, pois busca reduzir custos relevantes no transporte de mercadorias, seja para importação, exportação ou para o mercado interno”, destaca.
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O presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Venilton Tadini, considera que investir no modal ferroviário é contribuir para uma integração interna, o que acarreta em benefícios para a economia, sobretudo no que diz respeito à infraestrutura do país.
“É um fato extremamente positivo a ideia de aumentar a participação de modais como o ferroviário na nossa matriz de transporte. Isso é absolutamente fundamental para que tenhamos uma integração nacional, do ponto de vista do fluxo de produtos mais competitivos, principalmente minério e grãos. Essa integração interna vai possibilitar uma melhora, inclusive, no curso de escoamento para exportação dos produtos”, destaca
Início da operação
A produção de celulose vai sair da fábrica LD Celulose. A operação de transporte do produto começou este ano, mas o contrato entre VLI e LD para o processo de logística foi firmado em 2021 e prevê investimentos da ordem de R$ 400 milhões.
“O setor ferroviário do Brasil está em plena expansão, e nós sabemos da importância do setor para trazer eficiência nas operações de escoamento, colocando o país num patamar competitivo”, destaca o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio.
Atualmente, o material produzido em Indianópolis, a cerca de 60 quilômetros de Araguari, é transportado por uma distância de 1.400 quilômetros de estrada de ferro até o estado capixaba.