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A demanda por profissionais com nível superior no setor industrial deve crescer 8,7% até 2025, aponta o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, realizado pelo Observatório Nacional da Indústria. De acordo com o levantamento, o país deve criar 497 mil novas vagas formais em ocupações industriais no período. Com isso, o crescimento na demanda por trabalhadores será de:
Em número de vagas, ainda prevalecem as ocupações de nível qualificação (272 mil vagas). Contudo, o crescimento da demanda por profissionais de nível técnico e superior é maior. Segundo o levantamento, isso ocorre por conta das mudanças organizacionais e tecnológicas, que fazem com que as empresas busquem profissionais mais qualificados.
De acordo com a Pesquisa de Acompanhamento de Egressos 2019/2021, oito em cada dez egressos da graduação tecnológica do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) estão empregados no mercado formal. As áreas Automotiva, de Refrigeração e Climatização, Mineração, Energia, Automação e Mecatrônica e Metalmecânica tiveram as maiores taxas de empregabilidade.
O diretor de Educação e Tecnologia do Sesi e Senai Goiás, Claudemir José Bonatto, explica que o perfil de saída dos alunos no processo de aprendizagem está alinhado com as demandas e as tendências do mercado de trabalho.
“O mercado está contratando; e profissionais formados na área de tecnologia são requisitados pelas empresas, até por conta da necessidade que elas têm de profissionais muito bem preparados, muito bem qualificados, para que, dentro do seu processo produtivo, tornem a empresa muito mais competitiva.”
O presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, deputado Professor Israel Batista (PV-DF), destaca a importância da graduação tecnológica e, também, dos cursos técnicos de nível médio.
“Ambos são importantes para a formação para o mundo do trabalho e para a profissionalização. O ideal é alcançarmos a articulação do Ensino Técnico de Nível Médio com o Ensino Superior Tecnológico, por meio de estrutura curricular única com envolvimento do setor produtivo; buscando a centralidade no trabalho como princípio educativo e viabilizando a aquisição de saberes de forma mais flexível.”
Segundo o Mapa do Trabalho Industrial, o Brasil precisa investir no aperfeiçoamento e na qualificação de pelo menos 9,6 milhões de trabalhadores em ocupações industriais até 2025. Desse total, 2 milhões deverão se capacitar em formação inicial, para repor os profissionais inativos e preencher as novas vagas, e 7,6 milhões em formação continuada, para os trabalhadores que precisam se aperfeiçoar.
O gerente-executivo do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra, destaca a importância da formação continuada em um mercado de trabalho concorrido.
“Independente de já se ter uma formação, é preciso estar se atualizando continuamente. Isso é bom pelo lado da indústria, porque a indústria precisa fortalecer a sua produtividade para que tenhamos produtos cada vez mais competitivos no mercado, e para o trabalhador, porque ele precisa estar sempre atualizado nas novas tecnologias, competindo nesse mercado de trabalho bastante concorrido.”
As áreas com maior demanda por formação são: Transversais, Metalmecânica, Construção, Logística e Transporte, e Alimentos e bebidas.
Formação inicial
Formação continuada
O estudo destaca que, devido à lenta recuperação na abertura de novas vagas formais, a formação inicial servirá, principalmente, para repor a mão de obra inativa.
Márcio Guerra destaca a relevância das ocupações nas áreas transversais. “Ou seja, aquelas ocupações coringas, aquelas profissões que são absorvidas por diversos setores da economia, que vão desde o setor automotivo até o setor de alimentos. No que diz respeito às áreas, vale destacar também aquelas profissões que estão relacionadas com a indústria 4.0, relacionada a automação de processos industriais.”
Para conferir outras informações do Mapa do Trabalho Industrial, clique no link.
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