Data de publicação: 02 de Junho de 2021, 14:15h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:33h
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) firmou um contrato com a farmacêutica AstraZeneca, nesta terça-feira (1º), para a transferência de tecnologia para a produção de vacinas contra a covid-19 totalmente fabricadas no Brasil. O acordo permitirá a produção de ingrediente farmacêutico ativo (IFA), agilizando a produção de mais doses.
A produção será feita nos laboratórios de Bio-Manguinhos, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. A previsão da Fiocruz é que a fabricação das primeiras vacinas totalmente nacionais ocorra a partir de outubro.
Presente na assinatura do documento, o presidente da república, Jair Bolsonaro, destacou a importância da iniciativa. “Esse é um grande passo que o Brasil dá. Se não me engano é o quinto ou sexto país do mundo que passa a produzir o IFA e brevemente nós podemos até estar exportando essa vacina. O mundo só estará seguro depois que grande parte ou quase a totalidade da população mundial estiver imunizada”, declarou.
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O 1º lote de doses da Oxford/AstraZeneca foi importado. Em seguida, a Fiocruz passou a fazer o envase e finalização do processo a partir do recebimento dos IFAs da China. A falta de insumos vindos do exterior paralisou a produção de vacinas no mês passado, gerando um atraso na escala de imunização.
Para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que testemunhou o acordo, o contrato é uma forma de garantir que a população esteja imunizada dentro do mais curto espaço de tempo possível. “Trata-se de mais um passo crucial para que possamos nos posicionar estrategicamente na luta contra a pandemia”, disse.
De acordo com a fundação, a estrutura de fabricação já recebeu certificado de boas práticas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A fase seguinte é o treinamento e preparação do IFA a ser produzido no Brasil, o que deve ocorrer em junho.
Testes
Os insumos elaborados no Brasil passarão por testes junto a AstraZeneca para aferir se eles garantem a qualidade, segurança e eficácia necessárias da fórmula original do imunizante.
Em seguida, será preciso submeter a documentação sobre o novo processo produtivo à Anvisa, para que a agência autorize a alteração no registro da vacina já obtido, que conta com as informações dos IFAs fabricados no exterior.