LOC.: A Confederação Nacional da Indústria, a CNI, estima que a economia brasileira deve crescer 1,7% em 2024. O número é menor do que a expectativa para o fim deste ano, que deve ficar em 3%, mesmo índice do ano passado.
Os números foram apresentados nesta quinta-feira (14), na sede da CNI, em Brasília.
O Produto Interno Bruto, o PIB, da indústria deve fechar o ano com um crescimento de 1,5%. Na avaliação do gerente-executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, esse não é um dado positivo.
TEC./SONORA: Mário Sérgio Telles - gerente CNI
“Isso está muito ligado à indústria de transformação. Não fosse o crescimento da indústria extrativa mineral, principalmente pela produção de petróleo e minério de ferro, a indústria estaria em uma situação bem pior. O que segura ainda a indústria com a queda pequena é o grande crescimento da indústria mineral”.
LOC.: A indústria de transformação deve encerrar 2023 com queda de 0,7% e a da construção com redução de 0,6%. Já a indústria extrativa deve alcançar 7,1% a mais na comparação com 2022.
Para 2024, as projeções são um pouco melhores, tanto para a transformação quanto para a área da construção. Na variação anual, o PIB da indústria deve crescer 0,9%. O setor agropecuário deve fechar o ano com alta de 15,1%, bem diferente do esperado em 2024: com a redução da safra o crescimento deve ser de 0,2%.
O presidente da CNI, Ricardo Alban, diz que as perspectivas para a indústria em 2024 são desafiadoras.
TEC./SONORA: Ricardo Alban - presidente CNI
“Nos ainda temos muitas interrogações. Vamos ver o que sai desse emaranhado desses projetos que estão para ser definidos no final do ano, qual o ambiente que se cria para o desenvolvimento econômico no próximo ano e trabalhar muito para aproveitar as oportunidades para focar na indústria, olhando o encadeamento produtivo. Assim, a gente vai maximizar nossas vantagens competitivas e também as de outros países parceiros, para que a gente ganhe tempo e seja célere nesse processo”.
LOC.: No que diz respeito ao consumo das famílias, o crescimento deve ser de 2,6% em 2023 e de 1,8% em 2024. O cenário de alta expressiva na massa salarial não deve acontecer no próximo ano. A previsão é de que esse número feche 2023 com alta de 6,4% e 2,9% em 2024. No entanto, a taxa de desemprego deve se manter em 8%.
De acordo com a CNI, o IPCA, que deve fechar em 4,5% em 2023, tem projeção de 3,9% no fim de 2024.
Reportagem, Yumi Kuwano