LOC.: O comércio entre Brasil e Estados Unidos superou a marca de 80 bilhões de dólares no acumulado de janeiro a novembro deste ano, uma marca recorde para a relação entre os dois países, de acordo com a Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil). O dado soma o total de exportações e importações entre as nações, que teve uma alta de 28,6% em relação ao mesmo período de 2021, segundo o Ministério da Economia.
Os Estados Unidos são o segundo parceiro comercial que mais movimenta a economia brasileira, somente atrás da China.
Para o vice-presidente executivo da Amcham Brasil, Abrão Neto, a expectativa é superar a marca dos US$ 90 bilhões.
TEC./SONORA: Abrão Neto, vice-presidente executivo da Amcham Brasil
“Os Estados Unidos são um parceiro econômico crucial do Brasil. Neste ano de 2022, o desempenho da relação comercial tem sido extraordinária, e esse desempenho vem com o crescimento das exportações brasileiras para os Estados Unidos e também com o crescimento das exportações americanas para o Brasil em quase todos os principais setores das trocas comerciais, desde produtos manufaturados e insumos agrícolas, e produtos energéticos. Então isso mostra que existe um dinamismo muito forte nas relações empresariais e na realização de negócios entre Brasil e Estados Unidos”.
LOC.: No fim de novembro, a subsecretária de Comércio dos Estados Unidos, Marisa Lago, esteve no Brasil e participou de encontro com empresários de diversos setores da produção nacional. Membro da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, o deputado general Roberto Peternelli (União-SP), elogiou o encontro.
TEC./SONORA: Deputado gal. Roberto Peternelli (União Braisl/SP)
“Eu vejo de uma maneira muito positiva todo estímulo que ocorre entre o Brasil e os Estados Unidos no intuito de aumentar a relação comercial e também o intercâmbio tecnológico, o intercâmbio cultural, o intercâmbio de doutorado e pós-doutorado. Isso é fundamental, e a vinda, nesse aspecto de comércio, representa a importância que o próprio Estados Unidos dá ao Brasil”.
LOC.: Essa relação entre Brasil e Estados Unidos pode ser ainda mais rentável para ambos os países. A entrada brasileira na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, é vista como um passo nessa direção.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade, defende a participação do país no bloco, o quanto antes.
TEC./SONORA: Robson Andrade, presidente da CNI
“Nós somos favoráveis à entrada do Brasil na OCDE o mais rápido possível. E a entrada na OCDE, a nós brasileiros, garante uma pressão para que a gente faça o dever de casa de nos adequarmos aos indicadores da OCDE, que são indicadores voltados para crescimento, desenvolvimento, emprego, saúde. Então a entrada na OCDE, na realidade, obriga o Brasil a, se nós tivermos uma meta no Brasil, que eu defendo, de colocar um crescimento mínimo de 4%, todos vão trabalhar em função dessa proposta”
LOC.: No fim de setembro, o governo federal enviou o memorando inicial brasileiro como parte do processo de entrada na OCDE, que agora avalia o pedido.
Reportagem, Álvaro Couto.